Olhe-se, sempre, ao redor para ver o que está à espera de providência ou participação. Diz o provérbio que “ninguém pode ser mais realista do que o próprio rei; assim, também, nada mais realista do que, cada qual, que é espírito, estudar a sua natureza espiritual. Alta Hierarquia Espiritual espera que cada um cumpra o seu dever. Praticar os ditames espiritualistas, atendendo, se merecido, o apelo do próximo, dentro do possível, não é fazer nenhum favor, é cumprir um dever.
Dentro da família humana, nota-se que a confraternização geral é disposição mal cumprida. Os que não participam da confraternização humana em meios sadios expõem-se a sofrer as sanções correspondentes, dentro da lei de causa e efeito.
É compreensível que a plena confraternização humana será preceito da nova civilização, em vésperas de ser instituída. A falta de confraternização, por interferência de más condutas, denuncia a pobreza espiritual no ambiente. Os nababos, atolados nas suas riquezas materiais e vivendo, unicamente, para elas, estão narcotizados e muito custarão a se restabelecer.
As riquezas espirituais de um ser liberto das experiências terrenas e, portanto, das reencarnações depuradoras valem muito mais do que todas as riquezas materiais do mundo. Muita segurança dá a um espírito elevado poder de exercer domínio pleno sobre a matéria.
É de se convir, diante dos fatos, que o atraso espiritual no mundo neste findar de milênio é de uma evidência impressionante. A base, sobre a qual será assentada a nova civilização, descansará em solo firme; os que se destacarem daqueles que vivem, exclusivamente, para a matéria terão de operar na tarefa de consolidação da nova ordem.
Quase todos sentem, na alma, ansiedade pelo progresso, que é, assim, uma aspiração comum à maioria dos indivíduos; o progresso material deve juntar-se ao espiritual, para que a evolução se faça de maneira correta e equilibrada.
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Palavra empenhada é compromisso de honra.
Homem sem palavra é homem sem caráter.
A palavra deve valer tanto quanto um documento escrito.
Prometer algo que não possa ser cumprido é agir levianamente.
A leviandade é uma falha psíquica. Quem não dá valor à sua palavra, não dá valor a si mesmo.
Não pode haver honestidade sem o valor da palavra.
Há irresponsabilidade em uma criatura sem palavra.
A falta de palavra desmoraliza o agente.
A falta de palavra pode ter origem na falta de educação.
Alguns faltam com a palavra inadvertida ou descuidadamente; outros, consciente ou calculadamente; estes últimos tornam-se perniciosos ao meio social.
Um dos índices das pessoas de bem é o respeito que demonstram pela palavra empenhada.
Um indivíduo sem palavra cria um estado de depressão em torno de si.
Homem sem palavra é criatura sem crédito.
Encontros são marcados sob palavra; quando não se realizam por descuido de uma das partes, o fator “confiança” sofre um abalo.
A palavra honrada reflete idoneidade moral.
Duvidar da palavra de alguém, sem motivos, é praticar injustiça.
A autoridade moral de uma pessoa repousa na força positiva da sua palavra.
A palavra melhor convence quando é revestida de autoridade.
A palavra envolvida pela mentira degrada o seu agente.
Há um conselho que diz: “Seja o teu falar sim, sim, ou não, não”, o que quer dizer que a palavra não deve ser usada para originar confusões.”
A palavra exterioriza o sentimento de cada um; ela define a individualidade; oxalá seja sempre empregada para elevar, nunca para deprimir.
A palavra é a expressão do pensamento e já dizia um sábio da antiguidade que ‘a oratória era a rainha das artes e o orador o rei dos artistas”; nesta afirmativa encontra-se a força do pensamento transformada no vigor da palavra.
Diz-se que ”o silêncio é de ouro” para prevenir o uso da palavra, impensadamente.
Pelo mau uso da palavra destroem-se velhas amizades.
Toda palavra pensada ou proferida fica gravada no éter, para a eternidade.
A palavra pode ferir mais do que um golpe de espada.
A palavra ofensiva, uma vez deflagrada, não mais pode ser destruída.
A palavra pode construir ou destruir.
A palavra aflui pela ação do pensamento.
As palavras podem ser dóceis ou amargas; pena é que, no mundo, estas últimas também se façam sentir.
Promover o acertado uso das palavras constitui uma arte.
Falar demais é contraproducente; pode-se falar o que se quer, ou o que se não deve.
A indiscrição é o desaponto pelo mau uso da palavra.
As palavras chocam quando fala a imprudência.
As palavras prudentes emanam das almas recolhidas às profundezas da sabedoria.
As palavras definem um caráter.
As palavras confraternizantes adoçam a vida.
O conforto moral de uma alma contundida muito depende de uma palavra amiga.
Os exemplos de retidão e de firmeza de caráter representam normas que devem ser seguidas, sem vacilação.
Revelar a outrem particularidades reservadas e íntimas de pessoa amiga, é profanar a amizade.
O amigo digno da amizade que se lhe dedica, merece ser aplaudido pelos seus sucessos, como exaltação ao bom exemplo.
Publicado em 20 de julho de 1975