Pense aí em um brasileiro massa! Eu falo: Caetano Veloso! Em agosto, o cantor e compositor, reconhecido no mundo todo, completa 80 anos. E é cada vez mais admirado pela turma jovem. Não só na plateia de seus shows ou nas redes sociais (que ele próprio não alimenta; mas é bastante ativo), como também em seus projetos profissionais.
Caetano é totalmente aberto ao novo, ao experimento, ao diferente, ao atual. Um exemplo é o músico Lucas Nunes, 26 anos, das bandas Dônica e Bala Desejo, que produziu, com o cantor, o mais recente álbum de Caetano, Meu Coco.
Os músicos. E ele não fala de idade, fala de talento: “O fato de ter comigo, no estúdio de ensaio e no palco, músicos extraordinariamente dotados me deslumbra e intimida. De Lucas Nunes, um dos prodígios da Dônica e do Bala Desejo, que produziu o álbum Meu Coco comigo, a Kainã do Jeje; de Pretinho da Serrinha a Rodrigo Tavares; de Alberto Continentino a Tiaguinho (também) da Serrinha – é todo um grupo de supermúsicos. Lucas e Pretinho pré-planejaram comigo como andariam os arranjos e eu passei quase todo o tempo dos ensaios seguindo as sugestões que vinham deles. Devo confessar que me sinto deslumbrado e intimidado pela musicalidade deles”, escreveu Caetano, no texto de apresentação do show, que continua rodando o Brasil.
Outro exemplo são as regravações, duas já, dos clássicos O Leãozinho e Odara pelo Mundo Bita, para a criançada. Caetano, agora, é um vovô derretido. Faz questão de divulgar o trabalho desse grupo infantil, que já era conhecido por papais, mamães, titias e vovós há mais tempo.
Em livro. Ainda para comemorar os 80 anos, a Companhia das Letras lançará o livro Letras, com todas as composições do artista. São cerca de 400 músicas selecionadas desde os anos 1960 até o álbum mais recente.
O livro contém ainda breves textos de apresentação do organizador e poeta Eucanaã Ferraz e do próprio Caetano. Dentre essas 400 letras, escolhemos uma, para inspirar SER, VIVER, CAETANEAR. (TP)