Em nossa última existência física sempre orientávamos os jovens, como continuamos prestando a eles nossa assistência em campo astral, porque muitos deles precisam de amparo. Infelizmente, faltam pais que, na condição indeclinável de conselheiros amigos, ajudem os filhos na formação de suas personalidades em ambiente familiar harmônico, saudável e seguro.
Os filhos ficam mentalmente abalados, sentem-se sozinhos quando os pais se separam, pois são as grandes vítimas do fim de um casamento. São bons por natureza, tão bons que logo aparece alguém que se aproveita da fragilidade emocional e física por que passam para os induzir ao cometimento de desatinos. Fazerem bobagens, contraírem vícios, tornarem-se visualmente extravagantes é o que se observa com frequência.
Por isso, muita gente critica os filhos de pais separados pelas atitudes que tomam. Mas nós, não! E não os criticamos porque entendemos seus procedimentos, visto que os culpados são os pais. O juízo de valor que fazem dos jovens de lares desfeitos varia, embora só encontremos nessa desunião o motivo para os comportamentos que adotam e suas lastimáveis consequências.
Falta aos casais compreensão recíproca, para que não haja opiniões conflitantes que possam confundir ou desorientar os filhos, como também falta diálogo construtivo entre pais e filhos, pois a comunicação entre as partes é essencial para o bom entendimento. Ao dialogarem com os filhos, os pais percebem a maneira como eles reagem diante dos erros que cometem e a forma como são advertidos, a confiança mútua é criada, ou não.
Os filhos se abrem com os pais quando encontram neles compreensão e não apenas oposição aos seus anseios, a maneira irrefletida que muitos pais adotam. Nunca cedem, pois são sistematicamente contrários a tudo que os filhos pensam ou fazem. Por se acharem incompreendidos, é frequente seguirem os conselhos prejudiciais de estranhos.
Logo, os jovens precisam de carinho, atenção e respeito por parte de pais, educadores, professores e demais membros da sociedade organizada. Moças e moços de maneira geral são de boa índole, não importam os costumes e as origens geográficas que tenham. Os jovens são corajosos e vibrantes em suas iniciativas e comemorações, demonstrando grande capacidade de mobilização ao serem solidários nas alegrias e nas tristezas. Por isso, devem ser orientados no sentido de que estudem, tornem-se pessoas culturalmente bem-preparadas, a fim de serem cidadãs e cidadãos responsáveis e possam honrar o país em que nasceram.