A bibliotecária Liana Redmar Machado, com base no trabalho de pesquisa elaborado em conjunto com militantes Gilberto Cunha e Rosinha Fuentes, discorreu sobre a história e desenvolvimento desta filosofia espiritualista, nestes passados 90 anos na cidade de Pelotas.  A Sra. Rose Marcia, esposa do atual presidente, fez breve relato sobre a forma como conheceu o Racionalismo Cristão, e ofereceu um botão de rosa às mulheres presentes como reconhecimento pela tarefa de contribuir para dar continuidade a obra esclarecedora da espiritualidade. Rosa Maria Fuentes dos Santos (Rosinha), a militante mais antiga do Racionalismo Cristão em Pelotas, fez um relato de sua relação com esta filosofia espiritualista, que conheceu em 1953.

A pesquisa indicou que o Racionalismo Cristão foi fundado em Pelotas em 30 de agosto de 1929 por Catulo de Mattos, com a colaboração de Silvino Camacho, genitor do presidente anterior da Filial, Mozart Camacho. Catulo estabeleceu-se em Pelotas, dedicando-se ao comércio, estudou o Racionalismo Cristão e fundou uma casa racionalista cristã. Faleceu em 1934, sendo substituído por Ambrósio Oracílio Caldas.

A passagem de Correspondente a Filial ocorreu em 28 de maio de 1937. A sede situava-se na Rua Marquês de Caxias, 551, atualmente Rua Santos Dumont, e lá permaneceu até 1942. Foi então transferida para a Rua Osório, 958, onde permaneceu até final de 1950. Nesta época, houve ordens superiores para que fosse encontrado um terreno onde seria edificada uma sede própria, pois as duas casas citadas anteriormente eram alugadas.

Fez-se um mutirão para edificar uma construção que atendesse às necessidades da filial diante do grande número de frequentadores. E assim, no início de 1951, foi inaugurada a nova sede da filial, localizada na Rua Marcílio Dias, 354. Neste local ficou praticamente por 18 anos, quando o prédio ficou pequeno demais para o número cada vez maior de assistentes.

Antonio Cottas, presidente do Racionalismo Cristão na época, autorizou a compra de um terreno maior. Houve grande colaboração dos militantes, em que a união foi fundamental para a construção de um prédio majestoso. Cada um dos companheiros ficou responsável por um setor.

Nesse meio tempo falece Oracílio Caldas, e foi empossado Mozart Camacho como novo presidente. Em 8 de dezembro de 1968, na Rua Almirante Barroso, 2551, inaugurou-se a atual sede, que é um monumento à espiritualidade em Pelotas, com a presença de Antonio e Maria Cottas, e grande número de companheiros procedentes até de outros países.