Não perca a luta contra a depressão; reaja com vigor

Queridos irmãos, necessito de ajuda, orientação e esclarecimento. Frequentava uma casa racionalista cristã, mas mudei de país para tratamento de uma depressão profunda. Vim para perto das minhas filhas, e para ser acompanhada em um centro de saúde mental. Eu e as filhas temos uma péssima convivência, um relacionamento em que os nossos espíritos se chocam.

O relacionamento é ruim, principalmente com a mais nova, que me trata mal, fala-me sempre com mau humor e diz-me coisas horríveis. Eu e elas estamos sempre em discussão. Dizem que a culpa é minha por essa situação. Não sei como me comportar diante dessa situação que me põe muito triste como mãe. Será carma? Com a minha mãe e irmãos a relação foi a mesma. O que temos que fazer para acabar com esta situação?

Resposta: Prezada, a convivência em família requer calma, paciência, resignação, compreensão e sabedoria. Sabedoria na arte de saber ouvir e saber conter-se quando ouve o que não quer. Sabedoria ao perceber a importância do silêncio em certos momentos e a importância de colocar argumentos sólidos e incontestáveis quando houver condições emocionais para isso.

Todo ser humano é dotado da faculdade espiritual do livre-arbítrio, tendo, portanto, oportunidade de decidir o melhor – ou o pior – para si mesmo, por meio das diferentes escolhas que faz durante sua trajetória terrena.

Se existem animosidades no seio familiar, cabe analisar as causas, com honestidade e imparcialidade, e buscar a conciliação, para haver paz e harmonia no lar, o que irá beneficiar a todos.

Não se deixe vencer pela depressão, reaja com vigor e coragem, numa luta constante e ininterrupta contra si mesma, para encontrar paz e a felicidade relativa que todos os seres humanos esclarecidos podem alcançar.