Nos casos de desdobramento, observe as orientações do RC

Desde minha infância frequento o Racionalismo Cristão, ainda que sem assiduidade e sem fazer a limpeza psíquica, porém há aproximadamente dois meses venho frequentando e realizando a limpeza psíquica diariamente. E tenho me sentido muito melhor.

Também desde a infância, ao dormir, eu percebia que estava “andando” pelo lado de fora da janela do meu quarto, e tinha uma sensação ruim, como se eu fosse cair. Isso se repetiu durante muitos anos. Algumas pessoas diziam que era falta da presença do meu “anjo da guarda”.

Essa situação só acontecia, e continua acontecendo, no apartamento em que moro desde meu nascimento até hoje, no bairro Tijuca. Meus pais tinham casa em Itacuruçá (até 2021), na Costa Verde, porém essa sensação que ocorria durante o sono nunca aconteceu nessa casa de veraneio; somente acontece na residência na Tijuca.

Em 2007, um corpo fluídico passou por mim no apartamento; antes de vê-lo, senti uma corrente de ar muito forte, e ao olhar para o espelho do banheiro vi um vulto (corpo fluídico) passando por mim e tive sensação de arrepio.

Encontro com o avô falecido. Quando meu avô materno faleceu, entramos em contato e acordei chorando muito, pois lembrava de tudo e da imagem do rosto dele dizendo que sentia muitas saudades. Daí por diante, eu e meu avô entramos muitas vezes em contato, e ele se preocupando em saber se eu estava realmente feliz. Após um tempo, passei a encontrar também outros parentes já falecidos.

Em 2009 comecei a frequentar uma casa espírita que permitia que se pudesse ter atendimento por médiuns para entrar em contato com o guia espiritual e parentes falecidos. O Racionalismo Cristão já me esclareceu que esse tipo de atendimento não traz muitas sensações boas e que pode atrair espíritos de campo astral inferior.

Em 2010, percebi que durante o sono alguém veio me buscar (não vi o rosto, apenas as mãos) e voei com essa pessoa por cima de muitos morros arborizados. Acordei me sentindo muito bem, com uma sensação de paz.

Lembro que, ainda em 2010, ao dormir durante o dia, me vi como se estivesse voltando para o meu corpo, mas foi muito ruim, pois vi vários homens e uma mulher como se fossem espíritos obsessores em volta do meu corpo físico e apareceu mais um homem, e então fiquei ainda mais assustada, e meu corpo fluídico estava indo em direção à porta do corredor que dá para os quartos e “a porta se fechou” como se eu não pudesse fugir dessas pessoas, e acordei assustada e me senti muito mal.

Um dia, cheguei da faculdade um pouco chateada com uma situação com uma colega de sala, e ao dormir durante a tarde senti sensação estranha de um vento muito forte no meu rosto.

Em 2014, eu e meus pais fomos morar na casa de Itacuruçá. Nunca tive dessas sensações por lá. Retornamos ao nosso apartamento na Tijuca em 2022. E no meio do ano, ao dormir, percebi que minha testa começou a bater na janela e não conseguia passar. Tive uma reação muito forte dizendo “Isso de novo, não! Quero voltar!” e comecei a chamar por Jesus, pois estava desconfortável com essa sensação. Nisso percebi que meu corpo (espírito) voltou para a cama.

Situações de desdobramento. E aí comecei a entender que tudo isso que vinha acontecendo era desdobramento espiritual. Eu me senti bem, pois sempre tive sensibilidade e até mesmo curiosidade na espiritualidade. E vi que estava preparada para passar por essas situações de desdobramento.

Uns dias após, aconteceu novamente, e disse para alguém (cuja imagem apareceu para mim) que eu estava pronta e então consegui ter a sensação do meu corpo (espírito) passando pela janela – aparecia uma janela de vidro aberta (parecida com a do meu quarto) e barulho de vento. Perguntei a essa pessoa se eu podia voltar para minha cama para ver se meu corpo físico estava realmente seguro e que eu não estaria “voando e correndo risco de cair”. Então percebi que voltei para cama, abri um pouco meus olhos e vi que meu corpo físico estava realmente seguro.

Meu corpo fluídico então saiu do meu corpo físico novamente e, agora, estava no alto de um teto, e falei para esse alguém que eu iria olhar para baixo para ver se realmente eu estava lá no alto, e vi que realmente eu estava “voando” e vi “meus pés” no formato de um corpo fluídico.

Acordei me sentindo muito bem e contei para meus pais. Meu pai achou bem interessante e minha mãe ficou um pouco preocupada, apesar de ambos acreditarem em espiritualidade.

Li no livro Racionalismo Cristão, 45ª edição, página 94 (capítulo 10 – Mediunidade e médiuns – fenômenos físicos e psíquicos), “Nem todos os médiuns chegam a poder desenvolver sua faculdade sob a segurança da disciplina preconizada pelo Racionalismo Cristão. Nesse caso não devem desenvolvê-la. Conservam-na como está, apenas conscientes do grau de sensibilidade que lhes é adicional. Essa sensibilidade é utilíssima no sentido de poderem perceber coisas que se passam, sem que seja necessário relatá-las a quem quer que seja.”

Não sei se por eu ter falado muito sobre isso com meus pais acabei não tendo mais esses desdobramentos. Essa parte que transcrevi do livro diz que não se deve relatar a quem quer que seja. Teria problema eu comentar somente com meus pais quando aconteceu e o que se passou nos desdobramentos?

Passou algum tempo, até que na semana passada tive o desdobramento. Poucos minutos depois de deitar, percebi que estava saindo do corpo físico e fui para um lugar onde eu não entendia o que estavam falando, e era como se fosse um hospital com macas no corredor, mas não tenho certeza e não sei o que eu fui fazer lá. Sei que alguém falou comigo, mas eu não me vi, não vi a pessoa e não soube o que houve. Percebi que estava voltando para minha cama. Acordei e lembrei disso tudo e, voltei a dormir, e só acordei no dia seguinte. Diante desses acontecimentos, eu devo fazer alguma coisa, ou deixar esses fatos acontecerem normalmente?

Resposta: Prezada, a sua reaproximação ao Racionalismo Cristão vem fazendo você sentir-se bem, pela frequência assídua às reuniões públicas e a prática disciplinar da limpeza psíquica, onde recebe fluidos fortalecedores e contribui para o encaminhamento de espíritos sem corpo físico aos seus campos de estágio.

Sobre a sua pergunta se deve ou não comentar com seus pais sobre a sua mediunidade, procure observar literalmente o que recomenda o parágrafo que você citou.

Você nos pergunta também se deve fazer alguma coisa ou deixar esses acontecimentos seguirem normalmente e, novamente, recomendamos seguir as observações do mesmo parágrafo: “Nem todos os médiuns chegam a poder desenvolver sua faculdade sob a segurança da disciplina preconizada pelo Racionalismo Cristão. Nesse caso, não devem desenvolvê-la. Conservem-na como está, apenas conscientes do grau de sensibilidade que lhes é adicional.”

Para melhor ilustração, procure observar as legendas e imagens pertinentes ao desdobramento, explicadas nas ilustrações 40 a 46, do livro A vida fora da matéria, 24ª edição, e entenderá o valoroso trabalho que é realizado nas casas racionalistas cristãs nas reuniões de desdobramento.

Como se tem proposto a estudar a sua faculdade espiritual, e a parabenizamos por isso, sugerimos seguir a disciplina recomendada na página 64 do livro Prática do Racionalismo Cristão, 13ª edição, e assim defender-se de possíveis interferências de espíritos destituídos de corpo físico que perambulam pela atmosfera fluídica da Terra.