O Racionalismo Cristão não nos ensina que a morte não existe? Assim sendo, que sentido tem querer saber o que fazer depois de morrer? São perguntas legítimas que precisam ser respondidas. Vamos lá. Antes de tudo, é necessário ficar claro que a morte que não existe é a do espírito. Este nunca morre, é eterno. É a esta morte que o Racionalismo Cristão se refere.
Então, quem é que vai morrer? podemos perguntar. Não é “quem” vai morrer, mas “o quê”. O espírito é que não é, já vimos. O que vai morrer é o corpo físico. E sua morte é natural, inevitável, e ocorre devido a enfermidade, acidente ou desgaste natural, entre outras causas. Ao morrer o corpo físico, o espírito dele se desprende, se livra podemos dizer sem exagero, pois o corpo físico é uma prisão temporária do espírito.
Isto aclarado, já que somos um espírito, precisamos, sim, saber o que fazer após nos desligarmos do nosso corpo morto. O que nos diz o Racionalismo Cristão a respeito deste assunto? Diz que devemos retornar ao nosso mundo de estágio. Contudo, sabemos o caminho? Não, não sabemos o caminho. Então, o que fazer?
Vamos por partes.
Quando morre o corpo físico, ao se desligar dele o espírito se encontrava em algum estado emocional. Aguardava calmamente o desenlace (no leito, por exemplo); estava irritado; estava perturbado. Nestes dois últimos casos, pode até acontecer que ele não se dê conta do desligamento e continue por aqui vagando com seu corpo fluídico, perturbando-se ainda mais e outros que a ele se ligarem por pensamento ou afinidade. Mais cedo ou mais tarde, espíritos nestas condições serão resgatados pelas redes fluídicas organizadas por espíritos do Astral Superior.
No caso de um desligamento aguardado com calma, em ambiente tranquilo, o espírito tem assistência astral superior e é conduzido ao seu mundo de estágio. O espírito não precisa procurar o que fazer, mesmo porque nem sabe ao certo.
É interessante notar que o traslado ao mundo de estágio não é imediato. É um processo gradual, com algumas etapas em que ocorrem mudanças no corpo fluídico. Que mudanças são essas? O corpo fluídico precisa desfazer-se de matérias densas que se encontram a ele aderidas. São classes de matérias associadas aos sentimentos e emoções de sua passagem por aqui. Essas matérias pertencem a diversos campos da atmosfera fluídica da Terra e nela devem permanecer, daí o processo ser gradativo. O espírito não pode chegar ao seu mundo de estágio com essas matérias impregnadas no seu corpo fluídico. Com este limpo, terá a lucidez necessária para poder bem avaliar o resultado de sua última encarnação e planejar seu futuro.
Isto posto, em vez de querer saber o que devemos fazer depois de deixar o corpo físico, é mais importante e útil sabermos o que fazer antes. E isso é ensinado pelos princípios espiritualistas divulgados pelo Racionalismo Cristão. Em assim fazendo, nossa desencarnação terá a assistência astral superior e seremos encaminhados suavemente ao nosso mundo de estágio.