O Racionalismo Cristão ensina dois sentidos: o intelectual e o moral. Espíritos, em suas múltiplas existências físicas, evoluem uns mais que outros. O ideal é o equilíbrio entre as duas partes. Um espírito muito inteligente sem moral pode fazer obra nefasta no mundo e um espírito demasiadamente moralista e falto em intelectualidade muito pouco pode contribuir para os avanços científico, literário e artístico para o mundo.
Ser racional é usar os atributos espirituais, sobretudo a inteligência, o raciocínio, a lógica e o domínio de si mesmo, para obter mais evolução espiritual. Ser racional é saber identificar a sua própria individualidade espiritual e compreender que é diferente dos demais seres humanos. Entender que, embora existam várias pessoas que estudam a filosofia racionalista cristã, não há duas pessoas iguais, que os indivíduos não devem comportar-se como o outro e que cada um deve ser como realmente é em seu íntimo, quando a atitude está voltada para se espiritualizar. É, também, saber que é uma parcela da Inteligência Universal e que já teve várias existências mais ou menos aproveitadas, e que seus frutos se manifestam na atual existência com aspectos positivos e negativos, e que somente o indivíduo poderá moldar a sua personalidade moral e intelectual, conforme as tendências e anseios que traz no âmago. Além disso, é saber controlar as emoções e os pensamentos.
Ser cristão é agir com prudência, honestidade, honradez e sabedoria. É depender menos dos outros e mais de si mesmo. Pensar por si mesmo e não se submeter às ideias, às vontades e aos desejos alheios, a título de prostituir a própria alma. Ser cristão é evitar a promiscuidade, a volúpia, a devassidão. Ser cristão é, acima de tudo, não adorar Cristo e não o ver como ídolo, mas entendê-lo apenas como um espírito muito evoluído que veio a esse mundo para instruir, esclarecer, humanizar e legar uma mensagem: ensinar a espiritualidade, respeitar os semelhantes e pensar o bem.
Assim, pode-se concluir que o racionalismo cristão significa pensar com acerto, estudar e pesquisar para procurar ter as próprias ideias e fazer as próprias análises dos temas para melhor conduzir o livre-arbítrio, dependendo menos das cabeças alheias e mais da sua própria para pensar. Por outro lado, cristão é compreender o significado desse tema não no sentido dogmático ou religioso, mas filosófico e espiritual, optando por seguir a estrada virtuosa da prudência, da ponderação, e jamais se envolver com situações que retirem a serenidade espiritual das parcelas da Inteligência Universal.