O tempo e a evolução espiritual
Estudando as obras editadas pela doutrina racionalista cristã temos a oportunidade de aprender muitas coisas acerca da espiritualidade, entre elas, a existência das leis naturais e imutáveis a que tudo e todos estamos sujeitos, como a Lei da Evolução Espiritual.
O conhecimento dessa lei nos leva a compreender que hoje representamos o resultado atual desse caminhar evolutivo, que não começou agora, mas vem acontecendo no decorrer de centenas, ou até, milhares de anos, a cada reencarnação pela qual passamos.
Pensando dessa forma fica mais fácil compreendermos as razões de tantas diferenças entre as pessoas, até mesmo dentro de uma mesma família. Cada um está num nível dessa grande escada que é a evolução espiritual.
Essa, talvez, possa ser a melhor explicação, também, para entendermos as razões de algumas pessoas ainda depositarem plena confiança em santos ou deuses, ou até mesmo em Deus, que os racionalistas cristãos preferem denominar Grande Foco ou Inteligência Universal.
Muitos seres humanos ainda não aprenderam, ou não compreendem, que todos nós somos espíritos encarnados e que um dos atributos de todos os espíritos, encarnados ou não, é o livre-arbítrio, o que nos torna responsáveis por nossas ações. Ou seja, não precisamos pedir ajuda ou milagres para termos proteção, saúde, paz, prosperidade. Precisamos, sim, realizar ações para que nossos objetivos, desde que positivos, sejam alcançados, começando por manter os pensamentos elevados, conectados aos espíritos do Astral Superior. Estaremos, assim, garantindo uma boa assistência espiritual que, aliada à serenidade e ao uso do raciocínio, nos permitirá concretizar todos os nossos objetivos.
Como “a natureza não dá saltos” (outro conceito aprendido através do estudo das obras racionalistas cristãs), tudo acontece a seu tempo, dentro desse processo contínuo que é a evolução espiritual.
Há quem esteja na transição entre os dois extremos: a fé cega da religiosidade e a racionalidade. Sob a interferência de questões culturais, fortemente enraizadas, ocasionalmente, muitos de nós ainda dizemos, até sem pensar: “Deus te proteja”, “Se Deus quiser…” – entre outras frases tão conhecidas e ouvidas – ainda que no íntimo reconheçamos que somos os artífices de nossa própria evolução.
Todas as pessoas, independentemente de sua origem, nível social, se são seguidoras de algum credo religioso, ou não, ou de outra particularidade qualquer, são bem-vindas às casas racionalistas cristãs, se quiserem conhecer a doutrina racionalista cristã, que é uma filosofia espiritualista, não religiosa.
Esse entendimento deve levar-nos a considerar, com simpatia e compreensão, que as pessoas que hoje adoram imagens e pedem favores por meio de orações e promessas, no futuro, pensarão de forma diferente, assim como os racionalistas cristãos de hoje, em épocas remotas, provavelmente já foram adoradores e religiosos fervorosos.
Tudo a seu tempo.
Maria Cristina Silva Pereira
Militante da Filial Santos