Os animais têm mediunidade?

Este assunto é aclarado no livreto distribuído aos médiuns e presidentes de Casas RC. Nele se diz:
“Os naturalistas ingleses Charles Darwin (1809-1882) e Alfred Russel Wallace (1823-1913), este último um espiritualista, foram unânimes em asseverar que os animais são o último patamar da escalada evolutiva que, para eles, termina no homem.
O Racionalismo Cristão nos revela que o processo evolutivo no planeta Terra inicia-se no reino mineral, passa pelo reino vegetal e termina no reino animal, sendo o ser humano sua expressão máxima. As experiências acumuladas pelas parcelas da Inteligência Universal que estagiam em cada reino são transferidas, por via vibratória, para a etapa evolutiva seguinte, e assim sucessivamente. Dessa forma, cada indivíduo revela o somatório de suas faculdades e dos seus atributos espirituais, como resultado da ação construtiva da parcela que ele é do Princípio Inteligente nos diversos domínios da natureza.
A Matéria, em todas as suas possíveis densidades, é sempre campo de manifestação do Princípio Inteligente. A interação entre esses dois únicos componentes resume e explica a vida no seu aspecto amplo.
Em cada período evolutivo dos diversos domínios da natureza, a parcela do Princípio Inteligente apresenta suas peculiaridades como consequência do desenvolvimento de habilidades armazenadas em experiências anteriores. Nos campos intermediários, que caracterizam a aproximação do salto qualitativo de um domínio para outro, existe um entrelaçamento das características anteriores e das posteriores. Por exemplo: entre o reino vegetal e o reino animal, existe a zona dos vegetais carnívoros; no reino animal, a zona dos antropoides, que são animais semelhantes aos seres humanos e os antecedem no processo evolutivo. Na intermediação do reino mineral com o reino vegetal, investigações científicas descobriram a geração espontânea de vírus em estruturas cristalinas. Os vírus se situam nas passagens de um domínio para outro e são uma espécie de ensaio para ordenações futuras, segundo a ciência.
Sendo assim, as leis evolutivas se confirmam na pesquisa científica, por constatações evidentes e significativas, quando ela afirma que os vírus se situam, no campo das possibilidades, no entroncamento dos diversos domínios da natureza.
Determinadas espécies animais possuem percepção extrassensorial de forma incipiente, sempre aplicada às necessidades vitais. Espíritos do Astral Superior encarregados de assistir a evolução humana podem, em circunstâncias específicas, estimular a percepção extrassensorial em animais, para auxiliarem as pessoas na vida cotidiana.
As especificidades de cada domínio da natureza definem suas próprias limitações. As rochas não apresentam sinais vitais, as plantas têm vida e sensibilidade, os animais irracionais têm vida, sensibilidade, mobilidade e inteligência em processo inicial de desenvolvimento. Apenas o ser humano, numa síntese admirável, apresenta o somatório das características de todos os domínios da natureza, como inteligência desenvolvida, razão, livre-arbítrio, noção do bem e do mal, capacidade de concepção, entre tantos atributos e faculdades espirituais.
Determinadas possibilidades de percepção nos animais são mais desenvolvidas que nos seres humanos, como a da visão na águia, a do olfato e da audição nos cães, a da direção nos animais marinhos, e assim por diante. São capacidades sensoriais que atendem às necessidades evolutivas de certas espécies. Se nos seres humanos essas capacidades não são tão agudas é porque elas convêm à espécie humana em níveis mais baixos, justamente para não transtornarem suas superiores aptidões, importantíssimas no campo da evolução.
A plena mediunidade é a mais apurada faculdade no processo evolutivo. Marca no ser humano em geral a convicção da realidade espiritual. Não pode ser atribuída, portanto, a outras espécies que não a humana.”