Poder da Força de atuar, simultaneamente, dentro e fora do espaço-tempo

Ao realizar varredura no arcabouço teórico e prático da filosofia racionalista cristã encontramos afirmações esclarecedoras que se corroboram, complementam-se, dando sustentação para o entendimento e o desdobramento de como quebrar – ultrapassar – a barreira do referencial espaço-tempo de forma segura e da capacidade do espírito – parcela da Força – de atuar simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo, nos campos de manifestação da Força dentro e fora desse referencial. Afirmações estas que, somadas aos conhecimentos resultantes de pesquisas e produções científicas sobre o espaço-tempo, fornecem suporte para a compreensão lógica, racional e ampliada da simultaneidade de ações da Força nos planos que compõem o Universo – físico e astral –, aclarando e descortinando à consciência a ideia, o significado e a realidade do “Presente Eterno”.

Espaço-tempo é o referencial em que todos os fenômenos ou eventos de natureza física acontecem. Costuma-se definir o referencial Espaço-tempo interligando esses termos através de hífen (-), como a combinação da estrutura tridimensional formada pelas três dimensões do espaço (comprimento, largura e altura/profundidade), que dá a percepção, a sensação de relevo e volume, acrescido da dimensão única de tempo. Essa necessária junção de espaço e tempo forma uma estrutura que nos fornece uma descrição única para espaço e tempo que denominamos “continuum do espaço-tempo”, que nos permite melhor entendimento dos fenômenos relativísticos. A estrutura do espaço-tempo é quadridimensional, ou seja, possui quatro dimensões, três espaciais e uma temporal. Portanto, é necessária a junção de espaço e tempo para a percepção, investigação, análise, mensuração e interpretação precisa de eventos (fenômenos) físicos, inclusive, para diferenciá-los dos fenômenos metafísicos.

Segundo conhecimentos fornecidos pela vasta literatura racionalista cristã, para os espíritos nas dimensões sutis, não há espaço nem tempo, estes podem estar, simultaneamente, em diversos planos ou campos de manifestação da Força.

Deve estar pensando o leitor, como isto é possível? A resposta é: tudo acontece através da capacidade de ampliação da consciência, de saber vibrar em variados modos de frequência e de expansão fluídica, pois não há limites para esta expansão. O raio de ação e poder de realização do espírito estão condicionados e limitados ao seu grau de evolução intelectual e espiritual e à forma como utiliza seus atributos e faculdades no momento da realização dos fenômenos.

Fato interessante acontece com os espíritos que compõem a plêiade do Astral Superior que coordenam as reuniões espiritualistas das casas racionalistas cristãs. Estes têm poder para se necessário estar, simultaneamente, através de vibrações de pensamentos e expansões fluídicas, em todas as reuniões espiritualistas dessas Casas. Podem manifestar-se, ao mesmo tempo, transmitindo orientações através de instrumentos mediúnicos pertencentes a essas Casas localizadas geograficamente de forma distribuída. Em paralelo, os espíritos do Astral Superior têm capacidade para atuar em outros campos de manifestação da Força dentro e fora da atmosfera fluídica da Terra, realizando outros fenômenos como a diafanização da atmosfera fluídica de nosso planeta e outros trabalhos espirituais nas ambiências fluídicas das casas racionalistas cristãs e fora destas. As Forças Superiores operam e realizam inúmeros fenômenos, simultaneamente, dentro e fora do referencial espaço-tempo.

Compreendendo ou não as questões “Referencial espaço-tempo”, “Presente Eterno” e “Poder do espírito de atuar, simultaneamente, dentro e fora do espaço-tempo”, mesmo sem o saber, o ser humano pode vivenciar esses fenômenos e referenciais. Como exemplo podemos citar o fenômeno do “sono”, que é uma das formas de desdobramento, seja o sono natural ou o induzido, que possibilita o espírito estar ao mesmo tempo em seu mundo de estágio ou em outros campos de manifestação da Força impulsionado pelo seu grau de evolução e frequência de vibrações de seus pensamentos, esta que é determinante, para que o fenômeno do sono aconteça e para qual campo vibracional – Astral superior ou astral inferior – o espírito por afinidade, sintonia, será direcionado. Estas condições e processos vibracionais são as causas principais dos eventos, das boas ou más experiências e da nossa disposição física e psíquica durante e após o sono.

Para muitos encarnados, utilizando-se apenas da lógica puramente materialista é difícil a compreensão da simultaneidade de ações da Força em diversos campos de manifestação, mas na ótica espiritualista esse entendimento não é tão difícil assim. Tempo e espaço são grandezas relativísticas aplicadas apenas nos planos físicos como a Terra e não aplicadas nos planos astrais, nestes outras leis regulam as ações das forças. Nestes planos sutis, as grandezas tempo e espaço se confundem, dando a ideia de “singularidade” em que passado e futuro coexistem, numa espécie de Presente Eterno.

As realidades do Presente Eterno e da “simultaneidade de ações da Força em diversos planos físicos e astrais” é algo que não pode ser compreendido, racionalmente, por meio de um discurso puramente focado nos atuais modelos da ciência experimental. É necessária a mudança de paradigma das metodologias científicas com a introdução de novas abordagens, métodos, instrumentos, recursos e, principalmente, de novas variáveis, como Força – agente inteligente causador de todos fenômenos físicos e metafísicos e suas diversas formas de expressão; e Matéria fluídica – em suas variáveis densidades. Quanto aos estudos sobre a matéria estruturada (atômica), foram levados a um ponto tão alto que, podemos dizer, se aproximam da perfeição.

Falta é a ciência experimental, sem preconceitos, passar a estudar, investigar, dissecar, de forma ampla, profunda e integrada a área do conhecimento denominada “Filosofia espiritualista”, para buscar o conhecimento verdadeiro da natureza do homem e do Universo – físico e astral – como constituídos do binômio Força e Matéria e da intrínseca relação entre ambas, como ponto de partida de todo raciocínio em Ciência.