Há mais de 20 anos sou frequentador do Racionalismo Cristão, cujo livro básico tem uma passagem que diz: “Quando o homem se torna superior às sensações da pobreza e da fortuna que completam o quadro das referidas emoções, aí, sim, o sentido da vida espiritual começa nele a despertar”. A pergunta que faço é: não é necessário uma pessoa ter muito dinheiro para viver, então por que há essa acumulação de bens por parte de muitos? Coloque-se no lugar de uma pessoa que acredita que a distribuição de riqueza no mundo traria mais benefícios para todos. Tente pensar como essa pessoa.
Resposta: Prezado, como estudioso do Racionalismo Cristão, sabe que a Terra é uma escola onde interagem espíritos de várias classes espirituais. Nessas sucessivas idas e vindas, o espírito experimenta as sensações descritas no livro básico, como as do poder, do egoísmo, da ganância, da soberba, da prepotência e muitas outras, que precisam ser eliminadas, até que o espírito atinja um grau de aperfeiçoamento que lhe permita evolar-se a esferas mais elevadas.
Muitos espíritos que, pelo seu esforço, conseguiram amealhar fortuna se conscientizaram da finalidade de tal empenho, e se doaram no intuito de beneficiar os seus semelhantes, como aconteceu com Luiz Thomaz, ao unir-se a Luiz da Mattos na codificação do Racionalismo Cristão.
São gestos de desprendimento, de solidariedade que, na atualidade, com o aparecimento de uma pandemia, se tornam mais palpáveis.
Desde sua fundação, o Racionalismo Cristão nos ensina que o crescimento material deve vir sempre pelo trabalho e pelo esforço, mas também acompanhado do correspondente crescimento espiritual.