Apenas os bens materiais são passíveis de furto? De forma alguma. Determinadas circunstâncias desafiadoras, sentimentos prejudiciais e, sobretudo, pessoas com atitudes negativas e tóxicas furtam-nos a alegria, a felicidade e o entusiasmo toda vez que o permitimos. Quem já não teve um sorriso subtraído, uma alegria furtada, um projeto alvejado pelos dardos do pessimismo?
Furtar significa assenhorar-se de coisa pertencente a outrem. Preceitua a Carta Magna de nosso país, à semelhança de muitas nações civilizadas, que o direito à propriedade é um direito humano fundamental, com o que concordamos integralmente. Nessa perspectiva, podemos dizer metaforicamente que, da mesma forma que devemos estar atentos e vigilantes no que concerne à guarda de nossos bens materiais, temos de ter a máxima atenção no convívio com pessoas que possuem a deplorável habilidade de sugar a energia alheia: temos de nos proteger de sua ação nefasta.
Cabe ressaltar – e isto é de máxima importância – que, diversamente do furto comum de um bem material, o furto de nosso entusiasmo e de nossa alegria depende, no mais das vezes, de nosso consentimento.
Efetivamente, a alegria é o motor que conduz à satisfação de viver. Ela é capaz de converter os ideais em realidades concretas. Tamanha é sua importância que ela deve ser não apenas constantemente alimentada, mas também diuturnamente protegida das situações e pessoas que têm a habilidade de esvaziar o entusiasmo alheio e o fazem sem cerimônia ou escrúpulo. Referimo-nos às pessoas de comportamentos tóxicos, pródigas em comentários maldosos e orientações contaminadas de rancor e frustração; indivíduos que sempre trazem consigo uma história, uma lembrança, um episódio apto a nos desestabilizar emocionalmente. Você não conhece alguém assim?
Lembra daquele conhecido que, estando com você em uma conversa leve e descontraída entre amigos ou familiares, em que se abordam assuntos agradáveis, como filhos, viagens e hobbies preferidos, de repente insere na conversa um assunto pesado e tenso? Pois é. Proteja-se desse tipo de pessoa. No entanto, não são apenas as assim chamadas pessoas de comportamentos tóxicos que ameaçam nosso patrimônio emocional: também os sentimentos de negatividade e as circunstâncias adversas são perigosos.
A esta altura, você deve estar a se perguntar: “Como nos protegemos desse conjunto desfavorável e perigoso formado por indivíduos sem noção, sentimentos pessimistas e situações preocupantes?” Sem dúvida, amigo, pelo pensamento vigoroso e elevado.
Pensando com positividade e valor, pomo-nos em condições de ultrapassar os desafios, convertendo-os em valorosas lições, e de ressignificar sentimentos e sensações inadequadas. Ao bem pensar, influenciamos positivamente as pessoas negativas que estão à nossa volta, levando-as, muitas vezes, a refletir e repensar a própria conduta.
E o que significa “pensar com positividade?” Ora, vamos lembrar que o ato de pensar é um ato espiritual, e quando realizado de forma refletida por uma pessoa consciente, é, a nosso ver, um gesto mais concreto do que abstrato. Logo, quando pensamos, pensamos em algo que, na maior parte das vezes, existe objetivamente na realidade física ou pode vir a existir. Não nos esqueçamos de que muitos objetos e tecnologias que nos são de grande valia na atualidade foram, antes que de fato existissem, engendrados pelo pensamento, que é a antessala da realidade.
Portanto, se sugerirmos que as pessoas pensem positivamente quando nos deparamos com atitudes tóxicas de pessoas mal-intencionadas ou desavisadas, estamos formando um campo vibracional fortíssimo para, através da lei de atração, que é inexorável, podermos influenciar positivamente, como dissemos, seres pessimistas.
Assim, estaremos gerando uma força que mobiliza energias elevadas e que nos ajudam a transpor barreiras e estimulam o convívio fraterno e respeitoso entre os semelhantes.
Logo, podemos concluir que bela e potente ferramenta é o pensamento! Valorizemo-lo e seremos muito felizes em nossos empreendimentos, como nos ensina nossa filosofia de vida, o Racionalismo Cristão.