Quem sou? Muitos se perguntam

O mundo está coalhado de pessoas. Vivem ao nosso redor e por este mundo afora. São milhões e milhões delas vivendo nas mais variadas situações como, por exemplo, exercendo suas profissões; cuidando de suas tarefas domésticas; frequentando escolas ou academias; e em muitas outras atividades. Por mais fértil que seja nossa imaginação, é impossível fazer uma lista completa do que estão fazendo. Contudo, uma coisa é certa, todas, conscientemente ou não, estão colhendo lições que este mundo oferece. Com este objetivo comum estamos todos aqui. Esta é uma das razões pelas quais devemos respeitar todas elas, sem exceção, não importa como estão conduzindo suas vidas.

Mais cedo ou mais tarde essas pessoas se deparam fazendo a pergunta que consta do título deste artigo. Qualquer que seja a sociedade terrena em que se encontram, ou a quais valores intelectuais, morais ou espirituais foram expostas, inquietas, acabam perguntando e vão procurar respostas.

Imaginemos uma dessas pessoas perguntando-se o que está fazendo neste mundo, o que ela realmente é. Possivelmente começará buscando as respostas nas diversas religiões. Essa busca pode durar várias encarnações até acabar convencendo-se de que não é nelas que vai encontrar a resposta que tão ansiosamente procura. Em consequência torna-se descrente de todas e envereda por outros caminhos. O do materialismo pode ser um deles.

 

Como materialista, contenta-se com a afirmação de que é um homo sapiens e vai pesquisar sobre a teoria de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace. Em sua nova condição de materialista é provável que também permaneça durante outras tantas encarnações até não se contentar mais com a ideia de que é um produto do meio e do acaso, como ensina aquela teoria. “Afinal, sou o que os outros dizem que sou? Sou algo fabricado pela sociedade em que vivo?” Continua perguntando-se, impaciente e confusa: “Quando digo ‘Eu quero, Eu faço’, o que é esse ‘Eu’? Sou aquilo que a sociedade fez de mim? Mas a sociedade é organizada e estruturada por seres como eu! Então, sou fruto de mim mesmo?”

Aleluia! Chegou, por conta própria, a uma verdade (embora parcial): “sou fruto de mim mesmo”, o que equivale a dizer “sou resultado de minhas ações”.

Este é um passo importante na longa caminhada em direção à espiritualização. Muito provavelmente outros passos de igual importância já tenham sido dados em encarnações anteriores na condição de religiosa, materialista, agnóstica ou outra. O aprimoramento moral é um desses passos. Quem sabe quais outras conquistas espirituais já conseguiu realizar? Eis mais um motivo para que respeitemos nossos semelhantes. Muitos deles podem ter conseguido avanços espirituais que ainda não conseguimos lograr.

Ter consciência de que são as ações que definem e explicam seu comportamento não deixa a pessoa totalmente satisfeita. Sente que há algo mais e começa a desconfiar, levada por frequentes intuições, que a morte não é o final de tudo. E parte novamente para a pesquisa.

Nessa nova busca pode encontrar respostas que lhe satisfazem ou que a confundem ainda mais por serem complicadas, obscuras, enigmáticas e tão incompreensíveis que acaba desistindo de seu intento. Insatisfeita e frustrada pode tornar-se agnóstica. Sabemos que não importa como vai seguir com a questão que a incomodou. O que vai pesar na balança não são suas convicções mas, sim, suas ações durante seu viver terreno.

 

Se aquela pessoa teve oportunidade de conhecer a filosofia racionalista cristã, ficou sabendo que é uma parcela da Inteligência Universal e que aqui está para colher ensinamentos e experiências. E valoriza esta oportunidade trabalhando pelo seu progresso espiritual e, assim, diminuir o número de vindas ao plano físico de nosso mundo-escola e galgar a planos mais diáfanos.

 

umano é o único animal que necessita não apenas de abrigo e alimento para viver, como também de sentido. Sentir a sensação de propósito para nossas atividades cotidianas, conexão com algum contexto maior e que nossa existência não seja indiferente ao mundo.

 

O ser humano, quando nasce, possui um projeto virtual, uma intencionalidade própria, uma virtualidade que lhe é específica.