Sou racionalista cristã desde que nasci. Tenho 53 anos e durante toda a minha vida sempre fui muito dedicada a minha família. Quando nasci, tive falta de oxigênio no cérebro, o que me acarretou um problema neurológico, na coordenação motora e na fala. Fui crescendo ouvindo muitas palavras preconceituosas, mas sempre tive força de vontade para vencer. Hoje sou professora concursada com duas matrículas, uma de inglês e outra de português, o que seria impossível de conquistar se tivesse deixado me influenciar pelas palavras preconceituosas que sempre ouvi. Sei que sempre fui orientada pelas Forças Superiores para que todo esse bem me ocorresse.
Sou de uma família composta de dez irmãos. Moro com minha mãe, três irmãos e agora uma sobrinha que se separou. Todos os compromissos com a casa são meus, tais como supermercado, limpeza, alimentação, e outros para que se mantenha um ambiente familiar bem tranquilo. Na hora de resolver os problemas mais difíceis sou eu também quem faz. Faço de tudo para que seja mantido um clima bem tranquilo em família, apesar de muitas vezes sentir o corpo cansado pela luta diária.
Não me sinto bem em ambiente com discussões e sempre percebo com antecedência quando está para ocorrer. Todos da família acham que sou mais bem preparada para lidar com qualquer tipo de problema. Quando não me cabe resolver, a família me pede orientações, mesmo parentes que não vivem comigo.
As minhas dúvidas hoje são as seguintes: será que o meu jeito de ser não interfere na evolução dos membros da minha família? Será que a força que eles acham que tenho não os deixa mais fracos e sem coragem? Ou estou nesta família justamente para que todos tenham uma vida mais fácil? Sinceramente, não sei se lhes fiz o bem ou não.
Resposta: Prezada, você se questiona se fez bem à sua família ou não; e nós afirmamos que sim, pois serve como exemplo de amor, de dedicação, de carinho, e por isso é amada respeitada, admirada.
Temos certeza de que se pedir ajuda nas tarefas que executa, mas que podem pesar pela chegada da idade, encontrará alguém que se prontificará a ajudá-la, principalmente naquelas mais pesadas. Nesse caso, é bom estabelecer uma conversa familiar onde possa ocorrer, senão uma divisão de tarefas, pelo menos uma ajuda amenizadora da carga de trabalho.
Continue a ser a pessoa que é, mantendo a sua determinação e coragem; e procure, com tolerância, entender as diferenças de graus evolutivos dos que estão à sua volta, sem julgar-se melhor por isso; e continuando a contribuir para o seu próprio crescimento espiritual.