Suas desventuras são fruto dos seus maus pensamentos

Tenho um filho adolescente que mora com a mãe há quase três anos, após divórcio conturbado de um relacionamento sadio, que durou perto de duas décadas. Desde a infância, quando me foi apresentado o Racionalismo Cristão, me sinto uma pessoa com variações de nível astral, embora tendo como alicerce os conjuntos morais sempre apresentados pela família e os ensinamentos do Racionalismo Cristão. Durante toda a vida tive pensamentos obscuros, desejos de vingança e tragédias imaginárias direcionadas a outras pessoas, apesar de não buscar e não encontrar qualquer tipo de prazer nisso.

Nunca vivi à margem da lei e do bom senso, não tenho vícios, reconheço o valor e a necessidade do trabalho honesto, do estudo e do conhecimento salutar, porém, desde a infância, não sou o melhor filho para minha mãe que, no meu entendimento, teve e tem meu casal de irmãos, que chegaram antes de mim, como prioridades na demonstração de afeto materno e empatia.

Moro só, vejo meu filho em poucas oportunidades, apesar de a mãe dele não colocar empecilho, trabalho em um local de difícil prazer laboral e tenho todas as minhas despesas arcadas por minha mãe.

Apesar dessa dependência financeira indesejada, que me consome e me entristece sempre mais, a cada encontro com minha mãe nos distanciamos cada vez mais e sinto que sentimos menos falta um do outro.

A cada dia que passa me sinto com menos vontade de viver, continuar. Desmotivado e ao mesmo tempo inconformado com minha situação atual, em comparação à vida que tinha até há alguns anos, apesar das dificuldades também mundanas.

A todo momento, me pego pensando em uma maneira de mudar toda essa situação, começando pelo trabalho, estudos e exercícios constantes de mudanças de comportamento (quanto mais quero mudar, mais retrocedo), enfim, não encontro um norte para me direcionar e, com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, ainda tem o medo e o orgulho de que, caso minha mãe venha a me faltar, em todos os aspectos e laços que nos unem, eu não tenha capacidade nem de me sustentar, cumprir com as obrigações de pai divorciado que a lei determina e, principalmente, não conquiste admiração do meu amado filho, mas, ao contrário, sujeitá-lo a passar por momentos vexatórios.

Resposta: Prezado, como há vários assuntos a abordar, vamos dividir nossas considerações em três partes: 1. seus pensamentos; 2. seu relacionamento com sua mãe; e 3. sua situação financeira. Analisamos primeiro as duas primeiras partes e, para finalizar, lhe enviaremos e-mail com encaminhamento para solução de seus problemas financeiros.

Seus pensamentos. Conhecendo o Racionalismo Cristão, você afirma que sabe da importância de mudar seu comportamento e afirma: ¨A todo momento, me pego pensando em uma maneira de mudar toda essa situação. Começando pelo trabalho, estudos e exercícios constantes de mudança de comportamento (quanto mais quero mudar, mais retrocedo)¨. Entretanto, não nos diz se mudou seu pensamento, sabendo que os pensamentos precedem as ações. Ao contrário, você afirma que ¨durante toda a vida, me peguei e ainda me pego, em pensamentos obscuros, desejos de vingança e tragédias imaginárias direcionadas a outras pessoas, apesar de não buscar e não encontrar qualquer tipo de prazer nisso¨.

Como reconhece que esses pensamentos não são seus, já se perguntou qual a origem deles? Você sabe que todos nós temos a intuição, isto é, a capacidade de captar pensamentos do ambiente fluídico em que estamos inseridos e que temos, também, a escolha: ou vamos acolhê-los ou rejeitá-los.

Há três ações que pode realizar para fazer a escolha certa, isto é, aquela que vai trazer-lhe paz de espírito. A primeira, e muito importante, ação é a realização da limpeza psíquica duas vezes ao dia, de preferência nos horários orientados pela disciplina racionalista cristã: às 7 horas e às 20 horas. Aconselhamos você a buscar no site do Racionalismo Cristão as orientações para bem realizá-la.

A segunda é a frequência assídua às reuniões realizadas nas casas racionalistas cristãs.

E a terceira é o estudo das obras editadas por essa filosofia espiritualista, em que encontramos sempre orientações que nos ajudam a caminhar em direções favoráveis ao nosso progresso espiritual.

Lembre-se sempre: pensar é atrair. E parece que você está atraindo sugestões de fora que não o ajudam em nada; ao contrário, lhe causam mal-estar.

Sempre que receber uma intuição, como as que nos descreve, procure eliminá-la de imediato. Há várias formas que pode escolher com o intuito de repelir esses tipos de sugestões: ocupar imediatamente sua mente em outra atividade, ler um livro, ouvir uma música, dedicar-se a uma tarefa que exija sua atenção. Lembre-se também: não podemos pensar em duas coisas ao mesmo tempo.

Relacionamento com sua mãe. O sentimento negativo já construiu, na sua mente, uma barreira para bom entendimento com sua mãe. Por isso, lembramos a orientação que o Racionalismo Cristão nos oferece: um diálogo franco com sua mãe, expondo suas inquietações, suas preocupações, seu desejo de melhorar a situação em que vivem, seu desejo de desonerar sua mãe do encargo de ajudá-lo financeiramente, deixando claro que o que você realmente precisa no momento é do apoio moral e emocional que ela possa lhe oferecer.

Diga a ela aquilo que nos disse: que ¨essa dependência financeira indesejada, que me consome e me entristece sempre mais, a cada encontro com minha mãe, nos distancia cada vez mais¨. Mostre como isso lhe traz muita angústia, muito sofrimento.

Numa conversa franca e disposto a ouvir como ela se sente em relação à situação que estão vivendo, procure saber se ela tem alguma proposta para melhorarem a convivência com harmonia, mostrando-se disposto a seguir recomendações que ela queira fazer.