Sou filha de pais separados. Meu pai é racionalista cristão, segue fielmente essa Filosofia e está casado há 13 anos com uma mulher cerca de nove anos mais jovem que ele, relacionamento que começou três meses após a separação da minha mãe. Naquela época, ela queria que meu pai pagasse pensão para mim e meu irmão e, como ele não atendia os telefonemas, ela conseguiu o telefone da esposa (na época, namorada) do meu pai e começou a telefonar para ela, pedindo para falar com ele.
A esposa do meu pai sempre achou que consegui o telefone e dei para a minha mãe. Desde então, ela nunca foi com a minha cara. Na época, eu tinha 13 anos de idade. Ela me “engoliu” por muito tempo, por eu ser filha do meu pai, mas sempre fez questão de demonstrar o seu desprezo por mim.
Em agosto do ano passado, meu namorado terminou comigo e eu precisei muito do apoio do meu pai, pois me sentia muito sozinha. (Minha mãe mora em outra cidade, portanto é mais difícil eu visitá-la, já que faço faculdade.) Com isso, passei a frequentar mais a casa do meu pai, e isso incomodou sua esposa. Agora, ela não fala mais comigo e me excluiu de suas redes sociais. Nunca fiz nada a ela. Sempre a tratei com muita educação (ao contrário dela, que sempre fez questão de demonstrar seu menosprezo por mim). Por conta disso, meu pai pediu para eu não ir mais a casa dele. Disse que quando eu quisesse vê-lo, marcasse de sair com ele, e aí a gente se encontraria “fora da casa dele”. Em um ano, se vi meu pai dez vezes foi muito. Enfim… tenho depressão. Sou muito ansiosa. Já estou nessa situação de não poder ir à casa dele há mais de um ano e não aguento mais.
Desespero. Já tentei me matar nesse meio tempo umas três vezes. Dói demais. Choro o tempo todo. Já conversei com meu pai, mas ele diz que viu a esposa sofrer durante o período em que minha mãe “infernizou” a vida dela e que agora quem paga por isso sou eu. Acontece que quem está sofrendo sou eu. Eu disse isso a ele e ele simplesmente diz para eu “agradecer à minha mãe” por isso.
Por diversas vezes cheguei a pensar que, se eu me matar, vai melhorar muito a vida dele (e a minha também, já que não sentirei mais dor). Enfim, eu só queria um conselho, pra passar para ele, porque ele só escuta vocês. A mim, a minha dor, o meu sofrimento ele não escuta. A esposa do meu pai se dá muito bem com o meu irmão, mas comigo… Ela não me suporta. Ela morre de ciúmes do meu pai comigo. E eu nunca fiz nada a ela. Ela não tem filhos (se é que essa informação faz alguma diferença para a análise do meu caso). Meu pai diz que não frequenta os mesmos ambientes que a minha mãe.
Este ano, no meu aniversário, fizeram uma festa surpresa para mim. Meus amigos foram convidá-lo e ele disse que não iria, porque minha mãe estaria presente. Fico imaginando como será meu casamento… Será que ele vai deixar de me levar ao altar porque minha mãe estará presente? E os filhos (seus netos) que terei um dia não vão poder frequentar a casa do avô? Até quando essa situação irá durar? Ele tem que dar uma solução para isso. Não aguento mais. Ajudem-me.
Resposta: Prezada, lemos com atenção a sua mensagem, que explica detalhadamente toda a sua frustração em relação a seu pai e à falta de atenção dele com respeito a você. Por isso sugerimos que pense na possibilidade de frequentar a casa racionalista cristã que seu pai frequenta, mas nunca com a intenção de desmerecê-lo perante a nossa filosofia espiritualista, comentando qualquer imperfeição de sua parte, já que todos os seres humanos são imperfeitos e devemos preocupar-nos apenas com as nossas imperfeições, conforme nos ensina o Racionalismo Cristão.
Vá apenas com a intenção de obter conhecimentos sobre a vida espiritual, onde aprenderá que extinguir a sua vida física em nada amenizará o seu sofrimento e o sentimento negativo que carrega, pois ele permanecerá com você em vida exclusivamente espiritual, a qual mantém todas as vibrações de pensamentos e sentimentos emitidos.
Aprenderá que você é um espírito, uma força vibrante em vontade e domínio próprio e que possui condições de arrefecer esta fixação que possui sobre a vida particular de seu pai, empenhando-se em seus estudos, trabalhando, procurando viver corretamente sua vida, promovendo uma mudança em hábitos e costumes dentro de uma rígida disciplina e aprendendo a irradiar mesmo por aqueles a quem julga prejudicá-la.
Todo este conhecimento começa com a ida à casa racionalista cristã, onde receberá um folheto explicativo sobre esta filosofia de vida. Seus ensinamentos nos conduzem à conclusão de que a felicidade ou infelicidade estão intimamente ligadas à nossa forma de pensar.
Imaginar situações negativas, além de conduzi-la à depressão, é a melhor forma de fazer com que elas aconteçam, pela força de atração que exercem seus pensamentos. Pensar bem atrai o bem. Pensar mal, atrai o mal.
É possível obter esses conhecimentos pela leitura do capítulo Pensamento do livro Racionalismo Cristão, 45ª edição, obra que possui muitos outros valiosos ensinamentos que a ajudarão a superar esta fase difícil que vem passando, promovendo seu autoconhecimento e sua capacidade de superação.
Esta é a forma que encontrará para ajudar-se, ao concentrar-se na sua modificação e esquecer seu pai, pois cada um faz a sua evolução espiritual individualmente e à sua maneira; e você precisa empreender a sua.