Um movimento irreversível

Não há dúvida que as grandes empresas estão montando departamento exclusivo para cuidar da ESG (Environment; Social e Governance) uma sigla em inglês. Não é apenas uma medida de marketing e sim uma exigência do mercado que vê naquelas que se preocupam com isso uma vantagem competitiva. Se expandirmos para o mundo, então, é algo inexorável. As grandes potências econômicas já estão estabelecendo, no que tange ao meio ambiente, os seus objetivos bem claros e com as respectivas metas. Vide os Estados Unidos, que pretendem banir os automotivos movidos a combustíveis de origens fósseis até o ano 2030, fora outras medidas de caráter de incentivo financeiro para o desenvolvimento de pesquisas para encontrar soluções consideradas mais amigáveis ambientalmente.

De especial relevância podemos exemplificar as pesquisas voltadas para o desenvolvimento das baterias de modo a superar alguns entraves importante como peso; autonomia para longa distância, visto que no percurso urbano já está relativamente superado; e o seu custo que, hoje, é muito alto. Como exemplo, em média, o preço de uma bateria é cerca de 30% de um automotivo elétrico. Há pesquisas notáveis que causam grande otimismo, como para o desenvolvimento de baterias quânticas, que podem permitir seu carregamento em alguns minutos. Vejam que invenção extraordinária! Ousamos afirmar que as fontes primárias do futuro são a do hidrogênio e a do Sol. Essa fonte merece um comentário especial. É notório que somos privilegiados. A disponibilidade média nacional em KWh/m² é maior do que as máximas dos países europeus. Mesmo com essa vantagem competitiva ainda temos capacidade instalada menor do que, por exemplo, a Alemanha, embora estejamos crescendo mais de 100% ao ano e com 15GW correspondentes aos três segmentos, ou seja: o residencial, o que mais cresce; o comercial; e o industrial e assemelhados.

Sem dúvida, estamos num vigoroso e auspicioso crescimento da energia solar sem qualquer perspectiva de retorno. Ainda bem, parece-nos, após aprovação do decreto 14.300, que as regras ficaram mais claras e oferecem um horizonte previsível para investimentos em geração fotovoltaica para prevenção contra a famigerada inflação elétrica.

Cabe, então, aos governos das três esferas de poder não atrapalhar e sim incentivar, cada vez mais, a expansão desse fabuloso segmento que tão bem faz à economia do país. Como coadjuvantes podemos citar as fontes dos biocombustíveis, células combustíveis; energia das ondas e das marés; a eólica, está também já é uma boa alternativa. Esse olhar com preocupação com o meio ambiente se reflete sobremaneira nas atitudes de uma boa governança e responsabilidade social. Enfim, os temas são instigantes e apaixonantes. Todos seremos beneficiados, sobretudo, as gerações futuras e a mãe natureza.