Vigie suas fraquezas

Vigie suas fraquezas
Antonio Cottas
Consolidador do Racionalismo Cristão
Costumamos aconselhar as pessoas para que estejam atentas às suas tendências. As que querem viver em harmonia com familiares e amigos devem estar vigilantes com as fraquezas que trazem no âmago.
Muitos indivíduos pensam que agem por agir. Acham que a forma de proceder faz parte da sua personalidade. Pode fazer parte, sim, mas devem saber que podem modificar seus hábitos. Manter sentimentos negativos como se eles não pudessem ser alijados do corpo fluídico é erro que cometem.
Diz o ditado popular que “pau que nasce torto morre torto”. Mas seu significado está deturpado, porque nenhuma planta nasce rígida, toda muda é maleável, flexível. Logo, todo ser humano pode mudar seu comportamento para melhor. Quem tem tendência para a maledicência, um grande defeito de caráter, se não estiver vigilante, vai sempre cair em armadilhas idênticas: de falar mal das pessoas ou de criticar quem quer que seja. A pessoa insegura, que tem medo de tudo ou tendência para se impressionar com qualquer coisa ruim, deve eliminar esse traço da personalidade e confiar em si mesma, para vencer, sobretudo, as intuições de espíritos do astral inferior que são por ela atraídos, pois pensavam e agiam da mesma forma quando estavam encarnados.
Batemos sempre na mesma tecla ao aconselharmos as pessoas no sentido de que evitem pensamentos e sentimentos negativos, refreando, inclusive, a tendência de irritar-se por qualquer coisa, para terem uma vida mais tranquila ao se ocuparem consigo mesmas.
A Terra é um planeta-escola, como são escolas espiritualistas as casas racionalistas cristãs. Portanto, os seres humanos em geral e, em especial, os assistentes das reuniões públicas de nossas Casas estão sempre diante dos testes que a vida indistintamente proporciona a todos. Por isso, devem estar atentos, para não se enfraquecerem espiritualmente. Quem fala mal dos outros atrai pensamentos de igual teor maléfico, quem é medroso chama para si inquietações de mesma intensidade, quem pensa em notícias ruins envolve-se com os sentimentos que geraram os fatos divulgados.
A vida não é difícil de ser vivida, desde que se compreenda o fato real de as pessoas terem níveis de desenvolvimento espiritual diferentes, que as distinguem umas das outras. Por isso, são naturais, fazem parte da vida os desentendimentos entre familiares, amigos e companheiros de trabalho. Mas daí levar as pequenas discussões para o terreno das altercações que humilham, que maltratam, é demonstrar pouca espiritualidade e causar sofrimentos, que levam muitos contendores à perda do sono, ocasião em que, com tranquilidade, reconhecem que poderiam ter evitado o acontecimento se tivessem antes raciocinado, se tivessem pensado melhor antes de proferir palavras contundentes ou agir de forma inadequada.
Por que tantos indivíduos têm necessidade de humilhar, de destratar, de ofender os semelhantes? Porque são tendências negativas entranhadas no corpo fluídico trazidas de seus mundos de estágio espiritual, são propensões inconvenientes acumuladas nas inúmeras existências do espírito encarnado em razão do insistente mau uso do livre-arbítrio. Para esses existem os desafios terrenos, os testes que a vida oferece, como dissemos, porque ninguém tem o direito de tratar mal as pessoas. Então, é preciso que todos fiquem vigilantes aos pensamentos e sentimentos, para que haja tranquilidade espiritual e progresso material.