Como sinônimo de verdadeiro, exatidão, autenticidade, fidelidade, realidade, veracidade, certeza, sinceridade e antônimo da mentira, do falso ou falsidade, engano propositado, do erro ou errado e embuste. Ao longo da história da humanidade, muitas civilizações foram subjugadas a falsos profetas, mentirosos. Espalharam dogmas e misticismos religiosos, sob influências metafísicas, obscurantistas ou sobrenaturais, levando milhões de pessoas a uma complexa e falsa interpretação da verdade.
O filósofo espiritualista e pai da independência da Índia, Mahatma Gandhi, citou: “O caráter deve ter por base a ação virtuosa e esta repousa na verdade. A verdade é a origem e fundamento de tudo o que é bom e grande. Assim, perseguir com intrepidez e sem hesitação o ideal da verdade e da justiça é a luz da saúde e de todo o resto”. Na política, na religião e em outros movimentos com interesses econômicos camuflados, a discussão e a confusão em torno da verdade é abusivamente utilizada para a mais fácil psicohipnose das pessoas sem rumo, fragilizadas pelos revezes e vicissitudes da vida.
Todos esses movimentos habituaram as pessoas às frases feitas, às palavras melosas, milagrosas, criando dependências divinas, como se fosse algo hereditário.
Simulam a verdade apregoando, “verdades eternas” e “verdades sagradas”, criando dependências aos milagres, aos perdões divinos, arrastando o ser humano para níveis preocupantes de indolência mental e à prática de erros, julgando que alguém com poderes divinos o perdoará, ignorando as consequências implacáveis da lei de causa e efeito.
Só a verdade liberta o homem. Só a verdade nos leva ao caminho da luz e se instala quando tivermos consciência de nós mesmos, o que andamos cá a fazer e quando assumirmos convictamente respeito pelas pessoas, pelos animais, pela natureza, pela vida. A mentira pregada muitas vezes é assumida como verdade e grangeia milhões de seguidores, multidões arrebanhadas, arrastadas para o abismo da ignorância. Infelizmente a verdade não arrasta multidões, porque a maioria dos seres humanos prefere a mentira dos milagres ou das ajudas divinas para todos os setores das suas vidas.
Exemplo: “Sabemos que há multidões a fazer promessas à senhora A ou ao santo B, para que a sua equipa de futebol seja campeã, ou a filha ou filho consiga um bom emprego, quando eles passam a noite no devaneio, alimentando vícios; durante o dia ficam na cama e nada fazem para procurar o tão almejado trabalho.
Milhões de pessoas, perante os revezes, julgam-se umas coitadinhas, desprotegidas de Deus, azarentas, desconhecem as leis naturais e imutáveis que regem o Universo, a lei da evolução, a lei das encarnações, a lei da causalidade.
Desdobram-se em mil esforços para pedir ajuda e proteção divina, quando em tempo oportuno deveriam ter aplicado todo o seu poder criativo intrínseco para o trabalho, usando a bondade, a tolerância e a paciência na interação com o próximo.
É por esta realidade ultra milenar que apareceu o tão cruel mercantilismo em todas as dimensões da vida, sobretudo o religioso, falsos profetas arrastando multidões a cantar e a chorar, vestindo os sujos trapos da ignorância, da imbecilidade e da loucura; mercantilismo que ultrapassa mais ou menos “equilibrada troca” de valores ou de serviços, e acaba por esmagar o tão apregoado e tão desejável amor ao próximo. A filosofia mercantilista do trabalho ou do servilismo ao divino teve muitas influências das várias civilizações na história da humanidade, como por exemplo na mitologia grega, ou na mitologia romana, de que Mercúrio, o “Deus dos comerciantes”, é também o mesmo “Deus dos ladrões”. Divulgação refinada, propagandeada, progressivamente mais sofisticada e mais hipnótica, com vista à formação de “rebanhos seguidores”, tendo os “pastores” como líderes, o medo e a ignorância “os cães do rebanho”.
Mentes estratificadas ao longo dos séculos e milênios, aqui chegados ao século XXI, constatamos a cruel realidade a favor da consciente ou mais ou menos inconsciente, cruel, hipócrita e sanguinária “exploração, ruína e até destruição do próximo, a título individual, coletivo, de classe ou de agremiações, de seitas religiosas, governantes corruptos, coniventes com o capitalismo obsessor, esquecendo-se de governar a Nação e de promover a paz, a liberdade e a justiça social.
Justiça, dimensão sublime a que os membros da família humana devem obedecer, independentemente, do nível social, do país ou da religião a que pertençam. A prática da verdade, da retidão e do respeito pelos interesses e direitos do semelhante, do próximo, do irmão na família humana. O suporte dos “direitos humanos”, comuns a todos os membros da humanidade.
O ser humano, na interação com os outros, aprendendo os valores da cidadania, respeitando a natureza, as leis da Nação, solidário e tolerante com o próximo, torna-se um racionalista cristão, a maioria não sabendo da existência desta grandiosa Filosofia de vida para os nossos tempos.
A Nação que tem leis sóbrias que defendem todos os cidadãos, mas, se muitos intervenientes na justiça se deixam arrastar para os meandros da corrupção, a maioria dos tribunais torna-se palco de caricatas comédias e de consequências terríveis para muitos inocentes, deixando incólumes, corruptos, vigaristas e criminosos. Quando na maioria das vezes a justiça não funciona, deixando descaradamente indivíduos de má índole em liberdade, condenando inocentes, normalmente arrasta o povo para contestações sociais, anarquismo, culminando quase sempre em guerrilhas de grupos ou guerra civil.
As casas do Racionalismo Cristão são escolas que preparam os seres humanos para a prática do bem comum, sobre a verdade espiritual, sobre as leis universais, tornando-os livres e independentes, conscientes da dependência que temos de tudo e de todos.
Como é bom estarmos nesta escola a promover nova ordem mundial!