A prática do bem foi previamente estabelecida, firmada e gravada na consciência do espírito ao ser promovida sua próxima existência na posse de um corpo físico em um planeta-escola. O ser humano está consciente do que é correto fazer de um modo geral, porém por não dar trato ao raciocínio e por lhe faltar uma cultura espiritualista e estudo a respeito da vida transcende, habituou-se a agir irrefletidamente dando asas aos anseios e sensações puramente materiais e às atitudes incorretas, enfraquecendo seu campo psíquico e concorrendo para uma vida de erros e vícios.
Muitas vezes as angústias, as inquietações e as insatisfações de ordem pessoal, são manifestações da própria consciência reclamante, reivindicando o cumprimento dos deveres espirituais previamente assumidos em campo astral. O exercício e o hábito da reflexão nos permitem reconhecer conscientemente nossos próprios erros e imperfeições e então com a vontade fortalecida estaremos em condições de promover ações e pensamentos determinantes para que possamos retomar o curso evolutivo, revigorando, assim, o cultivo dos bons hábitos e da prática do bem. É sabido que o livre-arbítrio e a vontade quando bem manejados são fatores importantes para que entremos na batalha autocorretiva das nossas falhas, fraquezas e deslizes. Porém, apesar de se fazer ouvir a voz da consciência acusatória, muitos ainda fraquejam e titubeiam na disposição de combater as deficiências e falhas de caráter. Para estes ainda falta a consciência espiritualista pondo em prática os preceitos cristãos em que o bem é a bússola que norteia o curso evolutivo.
“A consciência desperta é um indicador seguro para a prática do bem.” Luiz de Souza). A necessidade premente do cumprimento dos nossos deveres é uma exigência evolutiva onde se amolda e se configura a prática do bem sempre guarnecida de humildade, moral e integridade, assegurando aos praticantes a felicidade relativa possível no plano terreno.
O indivíduo age e se expressa de acordo com o que estabelecem suas condições espirituais. Logo, as ações incorretas e o mal proceder revelam a escassez de elementos elevados e nobres formadores de uma consciência valorosa e excelsa. Por outro lado, a pessoa cujas atitudes são regidas pela razão, equilíbrio, justiça e bom senso certamente orienta-se pela voz da própria consciência iluminada pela lucidez e pelo despertar de uma alvorada espiritualista que lhe confere e lhe assegura acertar mais e errar menos. O dever que a todos compete é orientar-se por uma consciência estimulada e revigorada pelos imperativos preceitos de justiça, moralidade, progresso e o cultivo dos bons hábitos.
Já dizia o grande poeta Martins Fontes: “Como é bom ser bom! Praticar boas ações é sentir pulsar o bem em si, é revigorar-se, é fortalecer-se, é sentir-se pleno, vivificado e invadido pelas fulgurantes e harmoniosas vibrações desta prática. Quanto mais se caminha no sentido evolutivo e quanto maior for a compreensão espiritual, maior será o nível de consciência”.
“No caminho da espiritualidade é a voz da consciência que ecoa, em todos os momentos, pois se o desejo é o de acertar não existe nenhum meio mais indicado do que atender ao sentido justo das coisas, com a interpretação pautada pelo bom senso, pelo equilíbrio, pela razão”. (Luiz de Souza.)