Amizade é isso: dentro de um abraço, não seja o primeiro a soltar o braço. Não desmanche o laço! (autor desconhecido). Muitos reconhecem o valor de uma grande amizade porque, nos momentos de infortúnio e de agruras que por vezes a vida nos reserva, experimentaram o alento e também a franqueza de um amigo leal.

Por outro lado, infelizmente há uma realidade que envolve algumas pessoas que se eximem do exercício de estreitar relações e do frutífero e próspero intercâmbio social  que muito acrescenta em ricas experiências resultantes dessa  convivência.

Vivem encastelados e reféns da tecnologia, apartados dessa comunhão benéfica entre família e amigos, conservando-se em sua individualidade, sem participar da vida, das relações humanas, furtando-se de desfrutar do abraço acolhedor, do aperto de mão amigo e das palavras confortadoras que só um bom amigo sabe dizer na horas de aflição, dos momentos de descontração e alegria acompanhados por um bom café e que tanto bem fazem ao espírito.

A verdadeira amizade está consolidada em sentimentos fraternos que transcendem a vida terrena, unindo almas que colheram os mesmos valores, assimilaram o mesmo aprendizado, reuniram as mesmas experiências pelas quais passaram no decorrer das várias existências no transitar terreno. Por estas compatibilidades se harmonizam, se atraem e, unidas pelo amor cristão, formam elos de luz a fortalecer a corrente do bem e neutralizar as vibrações da discórdia que permeiam este plano físico, trazendo de volta a harmonia.

Uma alma resplandece pelos seus atributos espirituais elevados e evidenciados nas suas atitudes em favor do próximo, em realçar o lado bom que cada um possui e na  compreensão das limitações e imperfeições humanas.

Como falar em amizade e não lembrar das almas que foram as colunas mestras do Racionalismo Cristão? Foram as afinidades, os ideais espiritualistas, os exemplos e atitudes humanitárias que formaram os laços cordiais e fraternos que uniram Luiz de Mattos e Luiz Thomaz e que resultaram na implantação da filosofia racionalista cristã e na amizade de Antonio Cottas e Roberto Dias Lopes, algum tempo depois.

Quem pode contar com a lealdade de um bom amigo é feliz, pois encontrou um porto seguro nos dias de tempestade e mar bravio, um farol iluminando a escuridão das águas sombrias, alguém que pode alcançar quando precisa estender a mão procurando um alento para suas dores. A maior homenagem que podemos prestar a essas almas abnegadas é seguir seus exemplos aqui deixados, vencendo nossas imperfeições e melhorando a nós mesmos.