As famílias, de maneira geral, carecem de educação espiritualista nos lares. Essa educação é o caminho retilíneo e seguro para a formação de boas cidadãs e bons cidadãos, de pessoas psiquicamente equilibradas, portanto preparadas para seguir as normas de conduta do meio social em que vivem.
Por ser a educação dos filhos uma obrigação moral dos pais, cabe a eles impor limites aos pequenos sob sua guarda e proteção desde cedo, não de forma rígida e autoritária, mas com amor, interesse e compreensão, em diálogos claros, objetivos e incisivos, sempre que necessários.
Ter disciplina no viver é uma regra geral a ser implantada pelos pais e seguida nos lares por seus integrantes, especialmente pelos filhos, que necessitam de horários estabelecidos para tudo: para o despertar pela manhã, a higiene pessoal e as atividades relacionadas ao estudo e ao lazer durante o dia, com leituras e programas construtivos e adequados à idade de cada um.
Os abusos devem ser evitados, especialmente os relacionados a jogos e outras diversões eletrônicas, assim como incentivados os hábitos voltados para a organização do ambiente em que as crianças convivem, tais como arrumar os brinquedos, os materiais escolares e as próprias camas ao se levantarem pela manhã e antes de se deitarem à noite para o necessário sono restaurador das energias físicas e psíquicas gastas durante o dia.
Contudo, é importante também lembrar aos pais que os filhos já possuem certo nível de crescimento espiritual, trazem de seus campos de estágio uma bagagem evolutiva reunida no corpo fluídico em múltiplas vivências do espírito de posse de um corpo humano.
É com esse acervo gravado no subconsciente que os filhos irão formar, durante a existência em curso, a própria personalidade ao ser somado à educação que receberam dos pais, ao conhecimento escolar e cultural que acumularam e à experiência de vida que a convivência harmônica com os semelhantes proporciona aos mais atentos.
Sendo assim, as diferenças de comportamentos dos filhos devem ser observadas e ajustadas pelos pais de acordo com as circunstâncias vivenciadas ao longo do tempo, evitando-se comparações indevidas. Ao procederem com esse cuidado os pais dão grande lição de vida aos filhos: a importância do respeito à forma de o semelhante usar seu livre-arbítrio.
Nossas sugestões são melhor assimiladas mediante diálogos compreensivos e dignos de confiança, a fim de que os filhos sintam-se seguros junto aos pais ao relatarem as experiências desfavoráveis por que passam fora do lar, tirando suas dúvidas sobre qualquer assunto e propondo soluções ao alcance do intelecto infantil e do juvenil.
Contudo, não podemos deixar de citar a importância de ser mantido um ambiente fluídico favorável no lar, adotando-se a prática disciplinar diária da limpeza psíquica individual ou, sempre que possível, com a família reunida. O fortalecimento espiritual obtido é fundamental para que os pais tenham bons pensamentos e sentimentos, assim como um comportamento íntegro e exemplar que evite desentendimentos e discussões acaloradas entre si ou, pior, na frente dos filhos.
São iniciativas e procedimentos dos pais que farão das crianças e dos jovens sob seus cuidados pessoas adultas equilibradas e confiantes em si próprias, capacitadas para tomar decisões e se responsabilizar por elas, portanto aptas a conviver na sociedade humana.
Esses ensinamentos devem ser explicados às crianças e aos jovens desde a tenra idade e a literatura racionalista cristã, além das obras espiritualistas editadas, possui uma coleção de conteúdo lúdico destinada ao público infantojuvenil. É a contribuição que os autores oferecem às famílias interessadas na construção de um mundo espiritualmente mais equilibrado e socialmente mais justo.