Somos profundamente afetados por nossas ideias, sentimentos e emoções, os quais definem nossa individualidade. Todos esses elementos têm uma base em comum: o pensamento, isto é, o “combustível” que os leva a ecoar em nossa interioridade. Ao longo desta breve reflexão, vamos demonstrar como o exercício da razão e da espiritualidade pode ser útil para nos ajudar a ler e a interpretar corretamente os eventos de nossas vidas.
O desenvolvimento do discernimento e da atenção deve estar entre nossas prioridades. Essas são as ferramentas que nos ajudam a separar melhor o joio do trigo, isto é, a saber o que é verdade e o que não passa de mentira. Essa capacidade é fundamental na construção de uma vida harmônica e alinhada aos princípios da espiritualidade saudável.
É importante deixar claro que a prudência na tomada de decisões, bem como na interpretação da realidade, não pode ser confundida com receio e/ou procrastinação. Evoluir espiritualmente requer o bom uso do livre-arbítrio e da razão, sobretudo no momento de decidir. Logo, a indecisão deve ser superada em nossa caminhada evolutiva, já que não nos leva a lugar nenhum além do medo e da estagnação.
Quanto mais nos dedicarmos à evolução como seres humanos, melhores serão nossas decisões e interpretações da realidade que nos cerca. Todos devemos cumprir com nossos deveres de maneira responsável e respeitosa, seja no âmbito familiar ou no profissional.
É claro que não há receita pronta para vencer os desafios da vida. Mas um caminho possível é o firme propósito de evoluir espiritualmente, ampliando sentidos, aprimorando a personalidade e, principalmente, aprendendo com os próprios erros.
De nada vale recorrer à mentira para prejudicar o próximo. Da mesma forma, devemos ter paciência quando formos alvos de falsidades vindas de alguém com quem convivemos. Isso porque há pessoas sensíveis a ponto de sentirem grande dificuldade ao enfrentar a realidade da vida e das próprias emoções. Por isso, acabam lançando mão de mentiras para se sentirem mais protegidas. Cabe a nós criar um ambiente acolhedor ao redor delas para ajudá-las a agir de maneira honesta.
A pergunta que surge é a seguinte: como identificar a mentira? É claro que não há fórmula infalível para tal. Agora, podemos, sim, analisar caso a caso pelo prisma da espiritualidade, e não movidos por sentimentalismos e especulações.
Afirmamos, com convicção, que o esclarecimento espiritual e conduta ética, ensinados pelo Racionalismo Cristão, nos ajudam a melhorar nossa capacidade de discernimento. Ao se dar conta da transcendência da vida e ao passar a agir de maneira digna, o ser humano permite que a luz se faça em seu espírito, atribuindo-lhe a capacidade de distinguir melhor o que é verdade e o que é mentira. O Racionalismo Cristão nos recomenda ter paciência com o mentiroso, sem condená-lo nem censurá-lo, mas, sim, orientá-lo de maneira amiga, paciente e fraternal.
Muito Obrigado!