Vivemos tempos muito difíceis, tanto em nível nacional quanto globalizado. Com essa atmosférica fluídica mais e mais influenciada pela difusão de uma pandemia causada por vírus, capaz de mutações sem precedentes, o mundo inteiro passa por sérios problemas de saúde física e mental. Esse ambiente vem influenciando sobremaneira as condições emocionais das populações do planeta-escola Terra, trazendo como consequência uma apreciável expansão nas assim chamadas doenças psicossomáticas, tais como a ansiedade, a amargura, a apatia, a angústia, a depressão e outros males mais profundos da alma humana, levando ao aumento também dos assim chamados pela Psicologia de TOC – transtorno obsessivo compulsivo, que precede ao incremento no número de suicídios nos quatro cantos do globo.
Lembrando que já tratamos do tema ansiedade em nosso livro Reflexões sobre os sentimentos – 4ª edição, páginas 159-163, e a classificamos como um sentimento negativo, propomos neste artigo examinar um desses males citados, a angústia.
Como nossas emoções precisam ser bem administradas para evitar um mal maior, precisamos identificar como ela ocorre e como orientar procedimentos que atenuem sua incidência ou mesmo colocar-lhe uma barreira mental intransponível para que ela não nos conduza ao limite de nos impedir realizar nossas tarefas normais do dia a dia ou provocar isolamento ou mesmo algo mais grave.
Além da insegurança emocional, a angústia pode ser identificada como uma mudança em nosso jeito natural de ser, no nosso humor, no sentimento de tristeza profunda, de culpa, mal-estar ou pela soma de todos eles. Assim sendo, é uma percepção de ordem psíquica, também classificada como doença de percepção psicológica.
A angústia turva o raciocínio das pessoas principalmente em momentos de crise, privando-as de enxergarem soluções práticas para seus problemas, até mesmo para os menos complexos. A angústia normalmente tem a ver com os problemas mal resolvidos do passado, mas também pode estar associada a dúvidas sobre o futuro, reais ou imaginárias. Exemplo disso é quando as nossas expectativas são, de alguma forma, frustradas e não acontecem como esperávamos, transformando-se em nossa mente como situações traumáticas.
Sintomas gerais da angústia. A angústia é responsável por várias doenças que afetam o bem-estar emocional como é o caso da depressão, que pode levar ao aparecimento do transtorno obsessivo compulsivo ou desequilíbrio psíquico. As sensações angustiantes são ao mesmo tempo emocionais e e psíquicas e se apresentam como consequências negativas em geral, tais como culpa, ansiedade, inquietações, medo etc. Os efeitos e desconfortos físicos se manifestam como falta de ar, pressão no peito, nó na garganta, sensação de sufoco, aceleração nos batimentos cardíacos, dores de cabeça sem causa aparente, choro, insônia etc.
Como lidar ou nos proteger contra a angústia. Além da limpeza psíquica, devemos esforçar-nos para melhorar nosso autoconhecimento sobre as reais questões e desafios que encontramos ao longo de nossa trajetória evolutiva no planeta Terra. Isso tem tudo a ver com o despertar de fato para a espiritualidade, e trabalharmos nossa inteligência de modo amplo, inclusive quanto aos conhecimentos da inteligência emocional. O objetivo sempre será evitar que a angústia nos leve a situações extremas de desespero, depressão e desequilíbrio.
Para superar o risco de chegarmos a momentos cruciantes de angústia recomendamos que a pessoa procure amigos e familiares em quem possa confiar, e se isso não for viável procure um psicólogo ou psiquiatra de sua confiança. Mudança de ambiente, passeios ao ar livre aos lugares preferidos, uma ida ao teatro ou a um concerto musical, um retorno a uma praia de sua preferência e contatos com ambientes positivos ajudam na superação dos problemas decorrentes da angústia. Não a deixe tomar conta de você! Esteja sempre alerta e seja sempre cuidadoso com os aspectos de saúde como higiene corporal, sono adequado, alimentação saudável, e banir todo e qualquer vício, como alcoolismo, tabagismo e drogas são absolutamente necessários.
Dicas para superar as crises de angústia. Se não conseguirmos evitar que a angústia se instale em nós, apesar das recomendações anteriores, precisamos seguir alguns cuidados práticos para restaurar a higidez mental e corporal. Eis alguns passos necessários para obter isso:1. Desperte para a espiritualidade. 2. Controle seus pensamentos positivos. 3. Faça a limpeza psíquica nos horários recomendados. 4. Faça exercícios físicos, como o alongamento. 5. Pratique a autorreflexão ou meditação diariamente. 6. Aprenda e pratique técnicas de relaxamento. 7. Tome um banho relaxante e descanse em ambiente calmo. 8. Escolha um tema e converse sobre ele com seus melhores amigos. 9. Contate amigos em quem você confia. 10. Descubra seus sentimentos fracos e os corrija com o tempo. 11. Faça respiração consciente e ritmada, se possível ao ar livre e controle-a.
Conclusão. A angústia não deve ser confundida com a depressão nem com qualquer outro dos diferentes estados mórbidos psicossomáticos. Se perguntarmos a um psicólogo qual a causa da angústia, sua resposta será que a angústia costuma surgir sem causa aparente. Mas a verdade é que a angústia tem sua causa na inconformidade da alma com situações adversas que paralisam a pessoa, deixando-a como se tivesse um “nó na garganta”.
Outra conclusão importante é que nem sempre a angústia está associada a sentimentos que causam apreensão a respeito da situação caótica do mundo em geral ou da condição humana em particular.
É comum confundir a angústia com depressão, pois elas apresentam alguns sintomas parecidos. Para ficar bem claro, saiba que a angústia, embora presente em alguns casos depressivos, é um estado psíquico de curta duração, enquanto que a depressão é um transtorno de humor crônico.