Dos mortos guarde só boas lembranças

Tantas lágrimas, tanto sufoco, tanto sofrimento, tanta esperança e expectativas perdidas, tantos sonhos de novo em vão, tanta crença, tanta fé, tanto que ele passou e sofreu, para nada, em vão, tanto que esperou e acreditou para chegar até ao seu amor de novo, eu própria, que o esperei de novo para o abraçar e receber e acarinhar. Para quê? Deus não quis que ele ficasse comigo de novo, levou-o, já partiu. Perdi meu amor de novo, desta vez para sempre. A dor na minha alma é infindável. Só espero que ele chegue à eternidade plena como um anjo, e fique como meu anjo da guarda que eu amo tanto. Sempre amarei.

Resposta: Prezada, nos solidarizamos com a sua perda. O Racionalismo Cristão nos orienta que nada acontece por acaso, visto que todos os seres humanos são regidos por leis evolutivas que são naturais e imutáveis. Daí, ser a morte do corpo físico um fenômeno natural na vida humana. O capítulo 9 (Desencarnação do espírito) do nosso livro Racionalismo Cristão, 45ª edição, assim trata desse assunto:

“É natural o sentimento dos que ficam, diante da ausência dos que partem.  O sentimento, sim, o desespero, não.  A saudade é compreensível, a mortificação, jamais.”

“O esclarecimento a respeito de como se processa a evolução é um grande bem, por ser o meio capaz de levar a pessoa a encarar com naturalidade a desencarnação do espírito, pelo reconhecimento de tratar-se, tanto quanto sua encarnação, de fato normal no curso da vida.”

“O espírito desencarnado não perde contato com os que aqui ficaram. Através do pensamento, não só os irradia, como também recebe deles vibrações mentais. Basta haver sintonia.”

Portanto, mantenha sempre boas lembranças dele, despojando-se de qualquer sentimento negativo quanto aos seus algozes, mas imaginando-o em seu campo de estágio espiritual, feliz por ter deixado este mundo de escolaridade que é a Terra. Saudades, boas lembranças, tudo isso é normal e saudável, desde que desenvolvido com equilíbrio e naturalidade.