Quando o ser humano começa a prestar atenção aos fenômenos transcendentes do viver e entra em contato com ensinamentos espiritualistas, podemos afirmar que ele despertou para a espiritualidade.

Mas há um extenso caminho a percorrer desse ponto inicial de estudo e pesquisa até chegar a uma posição capaz de desenvolver um pensamento crítico bem estruturado sobre o espiritualismo, particularmente o que é defendido pelo Racionalismo Cristão em seus conceitos e princípios.

Quando os estudiosos da espiritualidade iniciam o conhecimento das ocorrências metafísicas, é natural e previsível que tenham grande curiosidade, uma sede de informações a ser satisfeita, pois querem entender os fatos considerados misteriosos ou sobrenaturais por muita gente.

Sem querermos tirar o mérito de quem se empenha em proporcionar conhecimentos em geral aos semelhantes, as pessoas interessadas em estudar a espiritualidade perdem tempo lendo livros de autores que, ao tentarem desenvolver o conteúdo das pioneiras obras literárias de consagrados filósofos desde a Antiguidade, acabam por distorcer os conceitos lógicos, doutrinários, desses pensadores, e isso vem acontecendo com o passar do tempo.

Existem também livros que consideramos de pouca credibilidade, porque seus textos se apoiam em práticas de natureza mediúnica realizadas em ambientes de elevada densidade fluídica, sendo, portanto, passíveis de erros.

O que comentamos ocorre porque não há uma literatura sistematizada a respeito da espiritualidade semelhante à que é encontrada na vasta área do saber acadêmico. Não existem livros específicos sobre espiritualidade voltados para uma suposta progressão da primeira à última série como os das escolas convencionais, pois a espiritualidade está em tudo que acontece na natureza, tem relação com tudo que existe no Todo Universal, do qual os seres humanos são emanações espirituais em contínua evolução.

No transcorrer dos períodos históricos da humanidade até chegar à atual idade contemporânea, a espiritualidade está sempre presente no âmago dos grandes pesquisadores, pois se mostram brilhantes no exercício de suas capacidades criativas ao ampliarem o conhecimento científico e tecnológico, o que viabiliza a criação e a execução de projetos que mudam para melhor a qualidade de vida das pessoas no plano físico, pois seus idealizadores estão ligados aos campos vibracionais de densidade fluídica bem diáfana.

Luiz de Mattos dedicou-se à espiritualidade apoiado no estudo das ciências humanas, sociais e da natureza, com destaque no das ciências médicas. Pesquisou livros de autores que considerou materialistas uns e espiritualistas outros, extraiu dessas mentes brilhantes conceitos e princípios que o auxiliaram nas conclusões a que chegou, para dedicar à humanidade a filosofia espiritualista que escreveu denominada Racionalismo Cristão.

Os livros escritos pelo humanista Luiz de Mattos e por outros autores tendo como base os conceitos e princípios racionalistas cristãos não encerram todo o conhecimento espiritualista, porque não é possível alcançar sua plenitude neste plano físico, a plena sabedoria que só existe nos campos superiores da espiritualidade.

Todavia, nas casas racionalistas cristãs estimula-se os assistentes de reuniões públicas a estudar o Racionalismo Cristão como sendo uma filosofia espiritualista compatível com a realidade do mundo em que vivem, sem perderem tempo com teorias de natureza materialista ou religiosa que nada contribuem para a evolução espiritual, a fim de que tenham um viver consciente, equilibrado e harmônico, a forma de vida que Luiz de Mattos idealizou para a humanidade.

Então, a expansão do conhecimento no terreno da espiritualidade não se encerra em um conceito, em um princípio sobre a evolução espiritual, mas no conhecimento da vida no seu aspecto amplo, construtivo e transformador, onde os seres humanos encontram os elementos de convicção libertadores das crenças, dos mistérios, das coisas sobrenaturais.

Para que os seres humanos alcancem níveis mais elevados de espiritualidade é necessário que se desapeguem das vibrações materializadas da cobiça, da inveja, da maledicência, do ódio, da vingança, entre tantas outras ações moralmente empobrecedoras.

Portanto, nada adianta as pessoas lerem todos os livros sobre espiritualidade se não fortalecerem a vontade para a prática do bem, tornarem-se melhores a cada dia, tratarem os semelhantes com o respeito que a dignidade humana exige.