Na comemoração do 109º aniversário da fundação do Racionalismo Cristão, 26 de janeiro, data em que se comemora também o Dia da Espiritualidade, o presidente dessa filosofia espiritualista, Gilberto Silva, em pronunciamento em reunião festiva na Casa-Chefe, enfatizou que “a espiritualidade não é uma teoria abstrata, mas uma força viva, força que ultrapassa preconceitos e fronteiras, ignora e sobrepuja distinções étnicas e interesses mesquinhos, fazendo de povos distantes uns dos outros uma única família”,
Gilberto Silva assim se dirigiu aos assistentes Gilberto Silva: “No momento em que começamos a discursar, nosso pensamento dirige-se espontaneamente ao mestre e predecessor Humberto Rodrigues. Sensibilizado pela sua mensagem há pouco ouvida, sentimo-nos penetrados por sua vibração cálida e enternecedora.
A alegria espiritual que nos invade ao dirigirmo-nos a tão distinto público, a um conjunto tão harmonioso de pessoas integradas aos sãos princípios da espiritualidade, só faz reforçar nosso propósito de dedicar todas as energias à divulgação e ao incremento da excelsa filosofia espiritualista que nos legaram Luiz de Mattos, Luiz Thomaz e Antonio Cottas, espíritos de apurada sensibilidade e incomparável magnitude.”
Chamou a atenção: “Esta data comemorativa oferece a cada um de nós a valiosíssima oportunidade de refletirmos sobre o seu significado e consequentemente renovarmos nossa adesão aos preciosos princípios da espiritualidade, princípios que iluminam a atitude ética e a conduta moral que são, por seu turno, os verdadeiros fundamentos da estabilidade psíquica e emocional.
O mês de janeiro nos inspira também trazer à baila a reflexão de que o início de mais um ano simboliza, acima de tudo, o recomeço, o limiar de um novo ciclo, uma fase de rearranjo. A simples observação desse fato, se outro mérito não tiver, terá um que a muitas objeções ofusca: o de provocar uma importante meditação sobre as múltiplas etapas da vida. Esse repensar da própria existência indica muitas vezes, em seus mais amplos contornos, a recusa de repetir determinadas ações e de pôr em prática projetos acalentados, tendo-se em vista sempre a conquista de maior liberdade de pensamento e de ação.”
Adiante alertou o presidente: “Lembremo-nos sempre de que ser espiritualista não é simplesmente aquiescer a um conjunto de conceitos e definições ou abraçar uma determinada ideologia. Trata-se de ter atitude, de retirar-se voluntariamente da própria comodidade, sair da zona de conforto intelectual e ter a coragem de rever posicionamentos, reavaliar condutas, enfim, aprimorar os próprios atributos e faculdades. Com efeito, este ampliar de perspectiva não é um fim em si mesmo, mas um importante pressuposto para a prática constante, desinteressada e efetiva do bem.
Como espiritualistas, queremos e podemos oferecer a nossa contribuição concreta para a superação dos problemas, crises e reveses por que passa grande parte dos membros da sociedade contemporânea, aflita por tantas frustrações e abalada por tanta violência.
Gilberto Silva não esqueceu os agradecimentos: Desejamos sinceramente exprimir nossa mais profunda gratidão aos homens e mulheres que contribuem voluntariamente com o Racionalismo Cristão, quer na condição de militantes, quer na condição de assistentes assíduos, cuja constante colaboração nos faz considerá-los amigos queridos e fraternos.
Estendemos nosso preito de gratidão também aos nossos jovens que cada vez mais próximos e numerosos nos auxiliam com suas múltiplas capacidades e inúmeros talentos. Da mesma forma, não podemos deixar de destacar a importância e a generosidade das famílias de todos os envolvidos nesse movimento, cujo apoio e zelo fortalecem os abnegados membros de nossa comunidade.
O papel da família também teve espaço no discurso do presidente: “É sempre oportuno enfatizar a alta significação da família no contexto de nossa filosofia. Há que salientar sempre a correlação essencial e a interdependência recíproca entre a família e o aprimoramento espiritual. Pois é no lar que o indivíduo recebe o primeiro sopro de espiritualidade!”
A abertura para o transcendente permite que os indivíduos reconheçam seu próprio valor ensejando transformações pessoais capazes de assegurar qualidade de vida e felicidade. Certamente esse caminho de descobertas e superações terá também momentos menos felizes. Contudo, a espiritualidade é um manancial de coragem e energia, de dignidade e esperança; os conteúdos que dela se extraem são os que devem orientar a independência moral de toda pessoa honrada; os princípios em que se fundamenta são os que dão suporte à integridade e à consolidação de todo caráter nobre.
Atualmente, abundam discursos que incentivam o consenso, a harmonia e a coexistência pacífica entre povos e nações. Não discutimos os méritos, os interesses e os verdadeiros objetivos de tais discursos. Independentemente de situações que o ser humano vivencia ao longo de sua trajetória, situações essas que acarretam inexoravelmente reavaliações de conceitos e até reformulações de ideias, a espiritualidade será sempre um instrumento valioso nesse dinâmico cenário. No fundo, a espiritualidade – repitamo-lo – é uma força viva, plena de atualidade e por isso mesmo mister se faz estudar com afinco e determinação todo panorama espiritualista defendido e divulgado pelo Racionalismo Cristão para, em seguida, aplicá-lo na vida prática, o que redundará sem dúvida na paz de espírito e na saúde integral.
Viva o Dia da Espiritualidade! Viva a filosofia racionalista cristã!”