Feita essa preliminar, concentrar-nos-emos no conceito da Terra como planeta de escolaridade como ambiente que oferece aos seres humanos oportunidades de desenvolvimento dos atributos e das faculdades inerentes a todo espírito, de cujo aprimoramento depende sua elevação e constituem o alicerce do correto desenvolvimento das suas qualidades morais, comportamentais e espirituais. Para isso, é indispensável ter em mente o significado de três pilares do mecanismo cognitivo a que devemos nos entregar, que são o estudo, o raciocínio e a luta interna contra os maus hábitos e as imperfeições, através dos quais obtemos crescimento e, consequentemente, maior evolução.
O vocábulo estudar tem como definição, entre outras – “fazer o possível para aprender, conhecer ou compreender”; “analisar atentamente para compreender ou conhecer”; “pensar demoradamente sobre”; “ensaiar previamente para atender uma noção do efeito”; “observar ou observar-se atentamente” (consulta realizada em https://dicionario.priberam.org).
Vê-se portanto que estudar não significa somente frequentar bancos escolares, assertiva que se harmoniza com a definição da Terra como planeta de escolaridade. As definições para “estudar” tem sentido abrangente e alcançam todas e quaisquer situações em que o ser humano esteja envolvido nas atividades cotidianas. Em outras palavras, o que estamos afirmando é que a oportunidade de estudar – estudar-se a si mesmo – é empenho pertinente a cada indivíduo e, incontinenti, a toda a humanidade.
Assim sendo, não há que se falar em falta de oportunidades em relação ao estudo, pois elas – as oportunidades em sentido amplificado – estão em todos os lugares onde haja seres humanos e reclamam esforço de voltar o olhar perquiridor sobre tudo que nos circunda – visível e invisível – e, principalmente, sobre nós mesmos.
O esforço de compreensão daquilo que pode nos afetar – pessoas, emoções, coisas, comportamentos, – e o consequente entendimento do que nos particulariza, faz com que possamos nos posicionar em relação ao que realmente importa em nossa estada neste planeta de escolaridade e reconhecer o que tem valor perene em detrimento do que é efêmero.
A partir do estudo de nós mesmos, conseguiremos aferir – com maior ou menor precisão – nossa posição na escala evolutiva quando examinarmos nossas qualidades positivas em contraste com nossas fraquezas, cujo objetivo central é, reiteramos, desvendar a nós mesmos. Notem que jamais devemos nos comparar com os outros, mas sempre com nós mesmos. Figurativamente, devemos nos comparar com o que éramos ontem, o que somos hoje e o que poderemos ser amanhã.
Finalizando, podemos dizer que a resposta à pergunta formulada – o que nos cabe fazer? – é, em síntese, estudar, raciocinar, refletir e lutar contra maus hábitos e imperfeições sob a perspectiva de uma disposição ativa. É trabalhar em benefício próprio e dos semelhantes. É ter a consciência de que acrescentadas às irradiações de Limpeza Psíquica e às reflexões sobre nós mesmos, estando certos do que nos cabe fazer, devemos também voltar nossa atenção sobre os outros, não como juízes de eventuais erros cometidos, tampouco com algum senso de comparação, mas com a disposição de ajudá-los a se levantarem quando desanimados, combalidos ou deprimidos, ou seja, com a disposição de pôr em ação nosso livre-arbítrio para o bem – de agir portanto – em nosso proveito e em proveito do próximo. É isso que nos cabe fazer.