Formas de expressão mediúnica e os estados de consciência que ocorrem

Mediunidade é faculdade da percepção sensorial, manifestação da inteligência, poder da parcela da Força em evolução de perceber, captar, interpretar e registrar sinais do plano astral (metafísico) e realizar fenômenos de efeitos físicos, metafísicos e gerar fatos espirituais. A mediunidade é potencial psíquico, recurso latente em todas as parcelas, cujas formas (modalidades) de expressão mediúnica podem ser desenvolvidas mediante planejamento astral – autodeterminação de metas –, para o seu aperfeiçoamento. Por isto, esta faculdade não é privilégio, destino, castigo e, também, não é enfermidade como muitos pensam e, sim, um potencial, recurso psíquico.  As modalidades mediúnicas, se bem utilizadas, são vias para o aprimoramento intelectual, moral e espiritual. Sentido contrário, se mal aplicadas, acarretam o desequilíbrio psíquico. A faculdade mediúnica é recurso, ferramenta disponibilizada ao espírito para o desenvolvimento de seus atributos espirituais.

Médium é o agente através do qual os fenômenos mediúnicos podem acontecer. Ele é o instrumento capaz de captá-los e registrá-los, tornando-os evidentes e palpáveis, é o elemento (liame, intermédio) de ligação entre o plano físico e o astral (sutil, metafísico). Denominam-se médium aqueles que portam outras formas de expressão (modalidade) mediúnica, além da intuitiva, esta todos os espíritos possuem.

Formas. A mediunidade é uma condição necessária nos ciclos existenciais, na vida dos seres humanos.  É uma faculdade inata e se apresenta por diversas formas (modalidades) de expressão conhecidas, sendo a intuitiva a forma mais utilizada para a comunicação entre os espíritos, e acontece através da linguagem universal que são as vibrações de pensamentos. Através da modalidade intuitiva nos mantemos, permanentemente, através de sintonia – mesma frequência – conectados, interligados, em rede à infinita rede hierárquica Astral Superior que perpassa a atmosfera fluídica da Terra, ou, às limitadas correntes do astral inferior que ficam circunscritas apenas à atmosfera fluídica da Terra.  A mediunidade intuitiva é inata nos seres humanos, em maior ou menor grau de intensidade conforme o desenvolvimento espiritual de cada um. Ela pode ser aprimorada com dedicação e esforço pelo exercício contínuo da concentração, tornando mais claras e de fácil percepção, captação e interpretação as intuições recebidas do Astral Superior.

Outras formas de expressão mediúnica existem:

Vidente. enxergar formas astrais modeladas pelas ações de forças em agregados de matéria fluídica de diversas densidades;

Auditiva. ouvir vozes, como as de comando, faça isto ou aquilo;

Olfativa. sentir cheiros que são efeitos da ação da Força sobre a matéria fluídica, agradáveis quando as vibrações do ambiente fluídico são superiores e desagradáveis quando as vibrações são inferiores;

Incorporação. intenso/forte entrelaçamento fluídico, permitindo ao instrumento mediúnico sentir com maior intensidade as vibrações do espírito comunicante, seja do Astral Superior ou do astral inferior;

Psicográfica. escrita automática através de impulsos motores;

Clarividente. Possibilita ao médium quebrar a barreira do espaço-tempo, enxergar formas astrais e acessar informações, em repositório fluídico, referente ao passado e futuro, como se o médium deslocasse na linha do tempo, para frente (futuro) e para trás (passado), tudo acontece dentro de seu raio de ação possibilitado pelo seu grau de evolução, lucidez, e limitado de acordo como o médium utiliza seus atributos e faculdades;

Sensitiva. sentir com maior intensidade as superiores ou inferiores vibrações da ambiência fluídica.

 

Estados. As formas de expressão mediúnica podem ocorrer nos estados consciente, semi-inconsciente ou inconsciente, durante o processo de desdobramento mediúnico, sendo que esses estados acontecem de acordo com o potencial de gradação da contraparte fluídica do médium, ou seja, de seu potencial, bagagem de experiências mediúnicas, capacidade de expansão de sua consciência e de sua contraparte fluídica. Tudo acontece por vontade e iniciativa consciente do médium, que é o principal responsável pela ocorrência do fenômeno de desdobramento mediúnico e os estados que ocorrem.

No Racionalismo Cristão, seus médiuns não ficam inconscientes durante as práticas mediúnicas. O espírito age sobre o médium fortemente concentrado, e a incorporação se dá apenas por entrelaçamento de natureza fluídica não chegando, portanto, à possessão, ao avassalamento. A comunicação se dá entre o plano astral e o físico, tanto das Forças Superiores quanto de espíritos do astral inferior, estes que se manifestam somente através de permissão das Forças superiores.

Psicofonia. A modalidade mediúnica exercida no Racionalismo Cristão é a psicofonia. Seus médiuns são psicofônicos, com “potencial” para se desdobrar de forma consciente, semi-inconsciente e inconscientes. No entanto, a psicofonia no estado inconsciente não é utilizada pelos espíritos do Astral Superior; apenas nos estados consciente e semi-inconsciente. No estado inconsciente, a contraparte fluídica do médium exterioriza-se totalmente de seu corpo físico e a este fica ligado apenas pelo entrelaçamento fluídico (cordões fluídicos).  Os campos vibracionais das casas racionalistas cristãs são fortíssimos, mas em suas correntes fluídicas não se utiliza da prática do desdobramento em estado de inconsciência, em respeito ao livre-arbítrio e da integridade psíquica e física dos instrumentos mediúnicos e do público que participa de nossas reuniões espiritualistas.

A psicofonia como forma da mediunidade de incorporação é usada no Racionalismo Cristão de maneira saudável. Ninguém se desequilibra ou se perturba nas correntes fluídicas do Racionalismo Cristão. A psicofonia mais utilizada é a semi-inconsciente. Também é encontrada a consciente, usada pela via intuitiva. Na semi-inconsciente, o espírito do médium, com seu corpo fluídico, se exterioriza parcialmente. O médium tem consciência daquilo que ocorre, mas desliga-se parcialmente do ambiente; esse estado de semi-inconsciência lhe proporciona maior concentração mantendo-se lúcido, sabendo tudo que se passa, tendo controle total de todos fenômenos que ocorrem consigo e nas correntes fluídicas.

Integridade. As Forças Superiores – espíritos do Astral Superior – respeitam a integridade psíquica do espírito do instrumento mediúnico, de sua contraparte fluídica e de seu corpo físico. O trabalho do espírito comunicante do Astral Superior é em conjunto com o instrumento mediúnico.

As Forças Superiores trabalham o corpo fluídico do médium, confiam nele, confiam na sua fidedignidade – veracidade, autenticidade, sinceridade, confiabilidade, credibilidade. Jamais, as Forças Superiores deixarão qualquer instrumento mediúnico do Racionalismo Cristão no estado de inconsciência. Deixá-lo inconsciente significa permitir que seu espírito, com seu corpo fluídico, exteriorize-se totalmente do seu corpo físico, ou seja, ele fica ligado apenas pelos cordões fluídicos para que o espírito comunicante possa se apossar do corpo físico do médium de forma integral. Na inconsciência o espírito do médium acaba cedendo seu corpo fluídico e, consequentemente, seu corpo físico ao espírito comunicante. Ele fica totalmente entregue, passivo, vulnerável, ao que lhe acontece. No estado de inconsciência, jamais, os médiuns racionalistas cristãos operam sua faculdade mediúnica. Apenas os estados consciente e semi-inconsciente são permitidos na metodologia que regula as práticas racionalistas cristãs.

A mediunidade não é uma patologia (doença) e, sim, um potencial, ferramenta, recurso do espírito para seu aperfeiçoamento psíquico, mas se esta faculdade for empregada infringindo leis evolutivas acarretará o desequilíbrio psíquico e consequente declínio moral, cognitivo e físico.

O distúrbio do desequilíbrio psíquico se caracteriza como uma patologia (enfermidade) da mente que assola parcela enorme da humanidade desconhecedora dos princípios e práticas de boa convivência social, dos elevados valores morais e espirituais, tão bem ensinados e difundidos pela escola filosófico-espiritualista racionalista cristã. Como toda humanidade é portadora da faculdade mediúnica, no mínimo da forma de expressão intuitiva, é dever de todos os humanos o empenho no estudo sério para compreensão do que significa a faculdade mediúnica, suas formas de expressão, os estados de consciência que ocorrem, os benefícios de seu uso correto e os prejuízos de sua inadequada e irresponsável utilização, pois a faculdade mediúnica é posta com único propósito de servir como recurso, meio, para o aprimoramento intelectual, moral e espiritual de todos espíritos que perfazem ciclos existenciais humanos.