Lisboa acordou solarenga

Luís Barbosa, presidente da Filial São João da Madeira, parabenizou os “presentes” e a Filial Lisboa, e lhes ofereceu o poema Lisboa acordou solarenga. Ele afirmou: “Estamos muito felizes, interagindo com o Astral Superior e a esfuziante vontade do nosso muito estimado presidente internacional, Gilberto Silva, e a sua esposa, Iraci, todos unidos à nossa querida e dedicadíssima anfitriã, presidente Maria do Céu, a todos os militantes e assistentes da Filial do RC em Lisboa, e nos congratulamos pelos 42 anos de labuta diária, orientando a humanidade com elevados ensinamentos espirituais, vergastando a mentira e a ignorância, com a força da razão e da verdade.”

Dia trinta de junho de 2021,
Lisboa acordou solarenga,
Acariciada pelo majestoso tejo,
Beijada pelo grandioso mar,
Acordada pelo fado, ensejo,
Canoa esperança a velejar!

Gaivotas mensageiras do dia,
Parabenizam tão nobre data,
Farol que entre as trevas alumia,
Alertando para a vida abstrata!

Há quarenta e duas primaveras,
A ensinar a inteligência na emoção,
Aliviando dores e tantas quimeras,
A Filial Lisboa na sua nobre missão!

Expandindo o Racionalismo Cristão,
Pela palavra amiga ditoso alento
Para o espírito o melhor sustento,
Alivia as tristes dores da depressão!

Suspiros do povo e os seus lamentos,
Sopro misterioso nobre guardião,
Emanação poderosa pela irradiação,
Aliviando a humanidade dos tormentos!

Luiz de Mattos, o Mestre laborioso,
Seu espírito habita a imensidade,
Trazendo à nossa alma a felicidade,
Purgando em muitos o mal rancoroso!

Luz, rio, mar, árvores ao vento,
Perante este trágico tempo doloroso,
Voamos estrelas em pensamento,
Desabafamos um grito silencioso!

Ais sem fim, trágicos gemidos,
A covid e agora as suas mutações,
Partiram tantos amigos e ente queridos
E a morte a pescar no meio das multidões!
Por causa dos insensatos e dos irrefletidos,
Curtindo bebedeiras e vícios na maior,
Ajudando a proliferar a doença e a dor,
Sepultando muitos no vale dos caídos!

Chorem vossos prantos junto ao mar,
Ventos, árvores, vozes rumorosas
Irradiem as pessoas das vozes dolorosas,
Com a bênção das vozes silenciosas!
Enquanto as chamas da ignorância,
Devoram e queimam tantos sonhos,
Nesta aldeia global, pequena instância,
Materialidade, encantos medonhos!
Tantos desordenados e indigentes lares,
Com crianças sem afetos e sem amor,
Tristes e estratificadas mentes milenares
Criam famílias, semeando dor e horror!

Ó chama queimante e clamorosa da dor
Queimas silenciosamente a alma,
A espiritualidade traz o extintor,
Para apagar o fogo doloroso do trauma!

Purguemos das cavernas do sentido,
Os medos e os seus estranhos requintes,
Esquecendo o pior do tempo vivido,
Dando a palavra amiga aos ouvintes!

A maioria vive no limbo da existência,
Poucos buscam o puro pensamento,
Alguns acordarão um dia a sua consciência,
Aprenderão como lidar com o tormento!

Então, conquistarão a possível felicidade,
Exercitando o domínio próprio e consciente,
Desta breve passagem para a Sublimidade,
Todos inseridos no TODO, eternamente!

Luís Barbosa, 27 de junho de 2021