Não quis, mas estou aqui

Ainda é complicado saber o que quero e o que não quero, porque, talvez eu não saiba, mas talvez eu saiba e não queira admitir, para não sair da minha zona de conforto. Mas o caminho mais fácil não é o mais útil.

A vida impõe aos que querem evoluir a necessidade de assumir compromissos de modo equilibrado, coerente com uma disciplina sadia e ponderada. Não adianta querer o mundo em dois dias, e ter feito um esforço muito grande para justificar uma falta de persistência após esses dois dias. Fiz isso. Faltou ter continuidade.

Por vezes nos escondemos atrás de uma pilha de tarefas, tudo para fugirmos da responsabilidade com o nosso futuro. E nos dizemos que não deu tempo, que tinha tantas tarefas, tantos sonhos e que não sabia por onde começar. Mas na verdade era medo, comodismo, ou simplesmente uma dúvida insistente que fazia repensar tudo de cinco em cinco minutos. E todas as formas de desculpas vêm para amenizar tanta falta de compromisso. Fiz isso.

A desculpa mais recorrente é dizer que a culpa por nossos planos, nossos sonhos não darem certo é de outra pessoa. Ou seja, transferir nossa responsabilidade para outras pessoas. É usar o se como argumento de defesa. Porque se determinada pessoa fosse mais desse ou daquele jeito eu teria conseguido. Fiz isso.

As pessoas são o que são, o mundo é o que é, e tentar assumir uma responsabilidade maior para fugir das reais responsabilidades será somente uma perda de tempo. Pois chegará o dia em que a vida lhe cobrará as suas responsabilidades, você queira ou não. Não quis, mas estou aqui.

Portanto é mais fácil assumir que se está com medo ou dúvida e começar a construir algo sólido com passos firmes hoje, do que ficar adiando algo inevitável. Estou tentando fazer isso todos os dias.