Os deveres espirituais

Rute Helena Macário, militante da Filial de Santos (SP).

Os deveres espirituais envolvem as práticas fundamentadas nos conceitos cristãos de boa conduta, caráter e integridade moral. Ser um cidadão digno e correto em suas obrigações e deveres que lhe competem no viver terreno já é um bom começo. Juntando-se a esses aspectos o conhecimento a respeito da vida transcendente, completa-se então o perfil de um indivíduo a caminho da evolução espiritual. “Para conquistar-se a felicidade relativa, é indispensável que a pessoa sinta que está cumprindo o seu dever, respeitando os seus compromissos astrais, agindo de pleno acordo com a consciência limpa a esclarecida e certa de que não está afastando-se das suas atribuições normais, da sua linha de competência.” – Luiz de Souza.

Os deveres espirituais estão intimamente ligados às necessidades evolutivas de cada indivíduo e podem ser alterados de acordo com o bom aproveitamento ou não das existências, para futuras vindas ao plano terreno.

Onde quer que seja a área em que atue o ser humano deverá nele imperar conscientemente a responsabilidade no cumprimento de seus deveres, sem que seja preciso ser alertado. Fala aí a voz da consciência, atributo mestre e orientador da conduta e desempenho das nossas ações. É sempre muito salutar ter como rotina disciplinar reservarmos alguns momentos para que possamos proceder à nossa reflexão diária, ocasião em que nos voltamos para o íntimo de nosso modo tão particular de pensar e sentir a vida, analisando nossas reações diante daquilo que vem ao nosso encontro no decorrer da jornada terrena.

Bagagem espiritual. Nossos pensamentos e ações dizem muito a respeito de nós mesmos, porque são o resultado do que trouxemos como bagagem de outras vivências e que ficou gravado em nosso corpo fluídico, exteriorizando-se na existência atual. Daí a importância dessa análise racional e consciente, dando maior atenção à qualidade de nossas ações, pensamentos e sentimentos que povoam nosso mental, como maus hábitos, tendências, imperfeições, e nas ações deles resultantes para ser detectado o que precisa ser corrigido para melhor evoluirmos.

Esse é o caminho para reconhecermos boa parte de nossos deveres espirituais e do trabalho no aperfeiçoamento de nós mesmos. Sabendo que o pensamento é a linguagem do espírito, importante é educar para que aqueles de má qualidade não se conectem pela lei de atração às forças negativas que permeiam a atmosfera fluídica da Terra e reforcem as intuições inferiores a perturbar nosso psicológico, já que os pensamentos são o gatilho das ações e sentimentos. “Todos, sem exceção, têm trabalhos a desempenhar e deveres a cumprir, e desde que estejam satisfazendo tais condições estão valendo-se da oportunidade que se lhes apresentou.” – Luiz de Souza.

 Cada um traz em sua bagagem espiritual vocações, habilidades e aptidões a serem desenvolvidas objetivando progresso para si próprio ou para a coletividade. As inclinações, assim como as atribuições e compromissos astrais, são oportunidades de crescimento e desenvolvimento espiritual quando identificadas e bem aproveitadas expressam o chamado para a espiritualização dos seres humanos que se apresenta a todos sem distinção. Porém os desavisados, os que estiverem descuidadamente envolvidos pelos apelos da materialidade é que infelizmente desperdiçaram magnífica oportunidade de prosperidade espiritual. Identificar-se com os conceitos, ensinamentos e o ingresso do ser como militante da filosofia racionalista cristã, não é por acaso. Houve uma extensa caminhada do espírito por diversas situações, experiências, culturas, segmentos doutrinários etc.que o preparou para que se consolidasse no caminho da espiritualidade. Vale então investirmos na educação  espiritual  oferecida pela filosofia racionalista cristã,  para que possamos melhor aproveitar nossa passagem por este planeta-escola Terra.