Você já se fez a pergunta formulada no título deste artigo? Se já fez, qual foi a sua resposta? A nossa é esta: depende. Depende? Depende do quê? você pode perguntar. Para responder sua pergunta e a do título, precisamos saber como o pensamento é produzido, quais suas qualidades e os efeitos que pode produzir. Vamos lá.
O pensamento não é um produto do cérebro, à semelhança da bile que é secretada pelo fígado para ajudar na digestão daquilo que ingerimos. Um espírito desencarnado obviamente não tem mais fígado. Por esta simples razão não processa mais bile. Também não tem mais cérebro, mesmo assim continua pensando. Portanto, o pensamento não é um produto do cérebro. Qual é, então, a sua origem e como é produzido?
“O pensamento é vibração do espírito”, nos ensina o Racionalismo Cristão. Tem, portanto, sua origem no espírito e é produzido pela vibração deste. Toda vibração emite ondas, que se propagam em todas as direções no meio em que ela ocorreu. Para entender esse fenômeno, imagine uma bacia com água. Mergulhando uma vara nela e fazendo-a vibrar notam-se ondas que partem do ponto em que a vara toca a água e se expandem em todas as direções.
Com o pensamento, uma vibração que é, não podia ser diferente. Ele produz ondas. Em qual meio essas ondas se propagam? No oceano infinito de matéria fluídica, onde todos estamos mergulhados. Aclarado este ponto, voltemos à pergunta formulada no título deste artigo.
Primeiramente é necessário ficar claro que um pensamento amigo não significa que nutrimos uma amizade com ele. Não tem sentido, não é mesmo? A pergunta deve ser entendida no sentido de descobrir como nossos pensamentos podem nos beneficiar ou prejudicar.
Os pensamentos têm uma qualidade que ainda não foi batizada pelos pesquisadores. Essa qualidade tem a ver com o sentimento que animava o autor do pensamento no momento em que este foi emitido. Esse sentimento fica impregnado nas ondas provocadas por ele e que viajam pelo espaço.
Outro detalhe, que vai nos ajudar a responder a pergunta, tem a ver com a lei da afinidade (também conhecida como a lei da atração e repulsão). Simplificadamente, esta lei diz que os semelhantes se atraem e os dessemelhantes se repelem. Aplicada aos pensamentos, ficamos sabendo que pensamentos de mesma qualidade se atraem e de qualidades opostas se repelem.
Isto posto, vamos ao último ingrediente que nos falta para obter a resposta que procuramos.
O Racionalismo Cristão nos ensina que um pensamento fica ligado à sua fonte enquanto nesta perdurar o sentimento que o gerou.
Pronto, já temos elementos suficientes para encontrar uma resposta com segurança.
Vimos que, ao pensar, impregnamos nosso pensamento de um sentimento, possivelmente a causa dele. Se for de otimismo, de alegria, de busca de conhecimentos ou de qualquer índole positiva, então, pela lei da atração nos ligamos com pensamentos afins, de lindas cores, benéficos, que rondam por aí. Um detalhe importante é que vão contribuir para fortalecer aquele nosso sentimento inicial. Em outras palavras, pensamentos positivos, luminosos, são nossos amigos, nos fazem bem.
Por outro lado, um pensamento de derrota, malquerença, ódio, vingança, inveja, sombrio, doentio, negativo enfim, vai atrair outros de mesma qualidade intensificando nosso sentimento inicial. Estes são nossos inimigos, nos prejudicam espiritual e fisicamente.
Um comentário final que vai enriquecer nosso entendimento do pensamento e seus efeitos. Uma pessoa, ao desejar um mal a outra mentalizando-a, emite um pensamento que vai direto ao seu destino, como um projétil. Se a pessoa alvo não está alimentando pensamentos afins naquele momento, o pensamento retorna imediatamente para quem o emitiu, pela lei de ação e reação, causando-lhe o efeito da intenção original. A sabedoria popular já havia dado conta desse fenômeno. Daí o dito verdadeiro “o feitiço vira contra o feiticeiro”.
Diante de tudo isso que foi exposto, vigie seus pensamentos e sentimentos e faça sua escolha: um amigo ou um inimigo?