Amigas e amigos participantes desta reunião especial, leremos antes do encerramento da reunião a orientação do Presidente Astral Humberto Rodrigues que será publicada na edição de outubro próximo em A Razão. Antes, porém, de a ler na íntegra, vamos destacar e comentar alguns tópicos do texto que consideramos importantes. Assim o presidente Gilberto Silva abriu os comentários e explicações.
Capacidade de análise do ser humano. O Capítulo 3, Espaço, da 45ª edição do livro Racionalismo Cristão, obra considerada essencial para o conhecimento de nossa filosofia espiritualista, começa com a seguinte frase: “Por mais que o ser humano dê expansão aos seus conhecimentos, por mais que os analise e neles se aprofunde, não poderá penetrar em toda a extensão infinita do espaço”.
Limitação humana e imprecisão de julgamento. Fazendo analogia do que destacamos do livro citado com o trecho inicial da orientação de Humberto Rodrigues, podemos afirmar que a inteligência humana, por mais desenvolvida que seja, não consegue analisar todos os fatos da vida de forma ampla e livre de imprecisões. Exatamente por isso, não devemos julgar ninguém.
Justiça terrena. A chamada justiça dos homens é muitas vezes falha por faltar espírito de imparcialidade a quem tem o delicado dever de julgar. Quando se despreza o valor da justiça, a austeridade converte-se em astúcia; o amor, em sentimento de posse; o trabalho, em exploração de mão de obra; a sinceridade, em vileza; a verdade, em mentira; há, enfim, total descaracterização das virtudes.
Justiça espiritual. A justiça que queremos destacar, na perspectiva defendida pelo Racionalismo Cristão, é a que entendemos ser a espiritual. Podemos afirmar que justiça e equilíbrio são duas realidades de tal forma interpenetradas e conexas que, sem dúvida alguma, formam uma unidade indissociável. Tamanha é a relevância desse conjunto harmonioso que não há exagero ao afirmarmos que ele consiste na sede das demais virtudes. Temperança de ânimo, fortaleza de espírito e a tão almejada felicidade fundamentam-se no equilibrado senso de justiça, que impõe ética nas relações humanas e enseja autocontrole e reflexão, estimulando, por conseguinte, o cumprimento de deveres.
Justiça assim considerada exige, por consequência lógica, sua aplicação integral em todos os setores da vida, seja no da ordem econômica, do âmbito cultural ou da vida social, entre outros, a fim de que o ser humano possa conviver e se desenvolver segundo a dignidade que lhe é intrínseca.
Leis evolutivas e a razão de existirem. Não podemos falar em justiça sem mencionar as leis evolutivas. O Racionalismo Cristão afirma que, por serem leis transcendentes, elas são naturais e imutáveis. Naturais porque, no processo evolutivo, decorrem de uma sequência lógica nos diversos domínios da natureza; imutáveis, por serem absolutas, amplas, livres de qualquer dependência ou sujeição. Logo, tudo e todos estão sujeitos a elas, inclusive a própria Inteligência Universal.
a. A lei de causa e efeito nos mostra que não existe o acaso, tudo tem razão de ser e explica o equilíbrio do Todo Universal;
b. É necessário ao ser humano conhecer o poder do pensamento, da força de vontade e do equilíbrio psíquico, para os utilizar com critério e bom senso, pois terá boas ou más consequências na medida de suas escolhas;
c. A lei de causa e efeito é educadora, porque possibilita aos seres humanos reconhecer e eliminar seus erros ao percorrerem o amplo caminho da evolução espiritual;
d. Portanto, podemos afirmar que pensamentos, sentimentos e ações implicam experiências adequadas ao aprendizado humano; que as pessoas colhem o que plantam, saboreiam o êxito ou amargam o fracasso, conforme a vida que escolheram ter; que reveses e dificuldades não são castigos, mas oportunidades de aprendizado; que êxitos não podem ser motivo de vaidade, pois devem ser considerados como ensinamentos que todos devem aproveitar; que desculpas e perdões não anulam as consequências dos pensamentos, das intenções e das ações praticadas; que os erros do passado são superados por ações reparadoras; e
e. De acordo com a filosofia racionalista cristã, pensamentos são vibrações do espírito, que, por sua vez, é uma emanação da Inteligência Universal e, como tal, sujeito à lei de atração, uma das leis evolutivas da dimensão espiritual segundo a qual os pensamentos se organizam em função de suas qualidades. Cada pensamento detém uma qualidade que, por força dessa lei evolutiva, se agrupa a outros de mesma afinidade, formando o que o Racionalismo Cristão denomina campo vibracional. Em razão da lei evolutiva de atração, existem as seguintes implicações dela decorrentes: que o espírito não deixa de pensar, jamais, e está sempre ligado a um campo vibracional afim; que a pessoa atrai forças positivas ou negativas, criando situações benéficas ou prejudiciais, de acordo com a qualidade elevada ou materializada dos pensamentos emitidos; e que os ambientes considerados tristes e densos, ou alegres e diáfanos, são formas materializadas de descrever a sensação que se tem em função da qualidade do campo vibracional que vigora no recinto.
Enganosas promessas. As verdades espiritualistas apontadas não interessam ser ouvidas por quem manipula a credulidade humana. O Racionalismo Cristão não combate pessoas nem instituições, mas erros, vícios e enganos, que tanto prejudicam a evolução espiritual da humanidade. Por essa razão, realizamos reuniões públicas presenciais e a distância com o objetivo primordial de fortalecer as pessoas com os fluídos benéficos recebidos das Forças Superiores que coordenam as atividades espiritualistas em campo astral. Mas, para tanto, é necessária a formação no plano físico de poderoso campo vibracional mediante pensamentos elevados de militantes e assistentes disciplinados, portanto assíduos às reuniões e conscientes dos deveres assumidos perante si próprios, a família, o trabalho e a sociedade em geral.