Fica difícil acreditar em fatos recentes que seguem com desdobramentos e repercussão internacional, tanto envolvendo respeitáveis figuras da administração pública, quanto desconhecidos que tentaram alcançar uns poucos minutos de glória.
Mais um ex-presidente da República foi parar na cadeia, preventivamente, no correr de um processo resultado de denúncias e pedidos de prisão formulados pelo Ministério Público Federal. O mandado foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nos termos da Operação Lava Jato. O ex-presidente é acusado de liderar há mais de 40 anos um esquema criminoso que pode ter recebido até R$ 1,8 bilhão.
Acompanharam o ex-presidente, também em novos endereços – transitórios ou definitivos – dois de seus mais fiéis colaboradores: um de seus ministros, que já foi governador do Estado do Rio de Janeiro; e seu operador financeiro. A lista de acusações é extensa, e enorme a decepção dos brasileiros. Espera-se, porém, que não desliguem o ventilador, porque ainda há muita caca a ser espalhada e muito bom moço e boa moça na fila para receber respingos e pagar por eles.
Outro fato estarrecedor, verdade verdadeira, foi a posse, na cadeia, de eleitos para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro como deputados. Teriam direito à posse, caso fossem absolvidos das acusações que pesam sobre eles, mas a Mesa Diretora da Alerj precipitou os fatos, gerando insatisfação até dos demais deputados. Foi a primeira vez que o livro de posse ultrapassou os limites da Assembleia Legislativa para ingressar num presídio, caso jamais visto no mundo.
A terceira triste verdade, melhor que fosse ilusão, foi o episódio em que um pivete de 17 anos e um galalau de 25 se juntaram e promoveram uma matança numa escola em Suzano (SP). É hora de se aplicar maior controle na venda de armas e selecionar quem as pode comprar. Todo cidadão tem direito a uma arma, mas deve atender às exigências para esse merecimento.