A casa da mãe Joana

A expressão, nascida da França há séculos acusando uma rainha de agir para proteger e perpetuar prostíbulos, chega aos nossos dias para apenas designar um local onde não há ordem e onde ninguém se entende e se respeita. Há vários assim por aí e cada leitor deve conhecer ao menos um, mas todo brasileiro, por mais desinteressado que seja de assuntos de política, está acompanhando a casa da mãe Joana em que se transformou o Partido Social Liberal (PSL).

Cidadãos que, pelos cargos que ocupam nos poderes Legislativo e Executivo, deveriam comportar-se, ao menos em público, com altivez, dignidade e defender seus pontos de vista com serenidade, em resumo, deveriam comportar-se educadamente, agridem os brasileiros e envergonham o Brasil no exterior com seu palavreado chinfrim na troca de acusações, ofensas, xingamentos e ameaças a correligionários. Tanto ódio demonstram, que dão a impressão de que se durante seus discursos morderem a língua morrerão envenenados.

Que não ultrapassem o espaço que por lei lhes é reservado! Que não vaze para os quintais vizinhos a bile espumosa em que chafurdam! Já que não querem viver civilizadamente, permitam que os outros vivam. Não afastem da cabeça, porém, a dificuldade que estão impondo ao país, que tem crescente necessidade de decisão sobre projetos que tramitam na Câmara dos Deputados.

Pelo andar da carruagem é de se pensar que o PSL caminha aceleradamente para a implosão. Talvez ninguém sofra com isso, porque seus quadros serão absorvidos pelas restantes agremiações políticas, sem traumas, já que não têm convicções ideológicas, apenas apego ao poder ou à proximidade dele.