Livrar alguém do vício requer perseverança

Vivo com meu esposo há quase dez anos. Indiquei-lhe essa filosofia, e ele melhorou bastante, pois tinha vindo de um ambiente de coisas erradas. O único problema agora é o ciúme. Às vezes, vira vítima do astral inferior por causa de pensamentos negativos. Quando toma bebida alcoólica vem a vontade de usar o tal do pó e fica doido, ouvindo coisas, dizendo que eu o estou traindo, que sou sonsa, acha que estou falando sozinha, cochichando para ele não ouvir, fica muito perturbado e se afastou das reuniões. Arrependido, pede desculpas, fala que gosta muito de mim, não quer ver homem por perto, acha que vai me tirar dele. Pediu às Forças Superiores que lhe mostrem se o estou traindo. É de dar dó a insegurança dele. Com toda paciência vou às reuniões fazer minhas irradiações. Ele disse que vai voltar, não sabe quando, e que vai marcar uma reunião com o presidente da Casa. Estou esperando, só preciso disso para ser feliz e acabar com esse ciúme e o vício. Duas vezes no mês ele tem essas crises. Me ajudem.

Resposta: Prezada, a sua paciência e perseverança serão de grande valia para convencer seu marido de que ele necessita de ajuda e de que é preciso tratar-se tanto física quanto psiquicamente.
Essa reflexão sobre o próprio procedimento ele já começa a fazer ao participar de algumas reuniões e se propor a conversar com o presidente da Casa. Realmente, ele precisa convencer-se dessa necessidade de mudança, para que vocês possam desfrutar de um convívio mais harmonioso.
Você tem consciência disso, mas é preciso que seu marido também se conscientize, o que depende da sua persistência em manterem um diálogo constante sobre a necessidade de ele guiar-se pelos ensinamentos do Racionalismo Cristão, fortalecendo a vontade com a prática da limpeza psíquica diária, reconhecendo a sua dependência química e procurando o tratamento adequado. O seu incentivo será primordial em ambos os tratamentos.
A leitura do livro Racionalismo Cristão, 45ª edição, favorece também o autoconhecimento e, consequentemente, uma mudança de atitudes para um viver mais ameno. Por isso transcrevemos um trecho do capítulo Normalização psíquica, que serve não só como advertência, mas como orientação para aqueles que se propõem a cuidar da reabilitação de um ente querido:
“Os pensamentos afins são sempre o ímã de atração entre os espíritos obsessores e as pessoas portadoras de transtorno psíquico. Os obsessores escolhem suas vítimas de acordo com a afinidade que por elas sentem, ou com os sentimentos que os animam em relação a elas.”
“É oportuno relembrar que os espíritos do astral inferior conservam os mesmos costumes e vícios que tinham quando encarnados. Assim, para alimentarem as exigências do seu eu materializado, que intensamente sentem, envolvem as pessoas com as quais têm afinidade e que as possam satisfazer, ainda que ilusoriamente.”
Leia não só o capítulo, mas também todo o livro, leia também A vida fora da matéria, com ilustrações bastante significativas sobre a normalização de pessoas com distúrbios psíquicos e incentive seu marido a lê-los também.
Tudo dependerá sempre da vontade firme dele em melhorar, em abandonar de vez os vícios, em conscientizar-se de que precisa empreender as mudanças necessárias para a harmonização do lar.