A Terra oferece amplo campo de estudo e consequente aprendizado rumo ao caminho do progresso espiritual. Se o aluno estiver atento vai saber beneficiar-se das experiências cuidadosamente alinhavadas no transcorrer de sua estada como aprendiz por este plano físico que servem ao propósito de aprimoramento e fortalecimento de seus atributos.

Traçada uma rota alinhada com os alicerces e bases morais espiritualizadoras, não se desviando por quaisquer questões de natureza material, certamente conquistará maior aproveitamento evolutivo nas experiências colhidas.

A marcha evolutiva é repleta de obstáculos, contratempos e adversidades, pois assim é o viver em um planeta-escola como é a Terra. Até o mais bem-intencionado dos seres pode envolver-se com as mazelas terrenas se não estiver suficientemente vigilante e atento.

Essa atenção e essa vigilância estão intimamente ligadas à consciência de que, se estimuladas e conduzidas pelos ditames da moral e dos bons costumes, constituem um guia seguro a ser consultado para que haja êxito nas deliberações.

Todo indivíduo é dotado de consciência, portanto é sabedor do bem e do mal que pratica. Ocorre que a parcela da Inteligência Universal em evolução age e se expressa de acordo com o nível de evolução espiritual que possue. Assim os atos de vilania e baixeza são derivativos de uma consciência desagregada e insuficiente. Já as demonstrações de atos humanisticos e de grandeza moral evidenciam uma consciência em perfeita harmonia e equilíbrio com atribuições que envolvem o processo evolutivo e com as leis que regem o Universo.

Se examinada fosse a consciência, os seres humanos não ultrapassariam a linha da lógica, do bom senso e da razão para dar vazão aos seus instintos e sensações inferiores. Não excederiam seus direitos para lançar mão do direito alheio, não estariam mergulhados no terra a terra, acomodados aos peditórios, almejando conquistas que de si próprios dependem.

Por razões várias e vazias de cunho espiritualista é que muitos desses espíritos, ao perderem seus corpos físicos, passam a integrar o contingente que habita temporariamente o chamado astral inferior. Diz-se temporariamente, pois nenhuma dessas parcelas do Todo em evolução se detém em definitivo nos campos vibracionais inferiores, visto que estes devem partir mais cedo ou mais tarde para os respectivos campos de estágio a que pertencem, em cumprimento às leis evolutivas que tudo regem, uma vez que todos devem alcançar o objetivo maior que é a evolução espiritual. E não há evolução de espécie alguma no astral inferior.

Cumpre ao espírito livre da matéria física ascender ao seu campo de estágio espiritual. Descumprir essa norma de natureza transcendental é contrair débitos espirituais que inapelavelmente deverão ser resgatados em futuras existências.

Muitos desses infratores das normas espiritualistas são arrebatados pelas correntes vibracionais superiores formadas nas casas racionalistas cristãs nos horários em que se processam as reuniões públicas ou de desdobramentos. Nesta ocasião, já devidamente cientes de sua condição astral, são encaminhados aos campos de estágio evolutivo a que pertencem.

Como se observa, nenhuma valia, vantagem ou mérito há em a parcela do Princípio Inteligente estagiar nesse domínio de atuação negativa e de tanto malefício que representa o chamado astral inferior.

Muito pelo contrário. Há sim uma grande perda de tempo evolutivo, de vigor e de vida anímica em razão da carga de fluidos danosos e deletérios que são ali espargidos, resultantes dos sentimentos e pensamentos materializados e de baixíssima vibração.

Por conseguinte é inadiável o esclarecimento espiritual da humanidade, que proporciona aos seres humanos maior e melhor aproveitamento da sua passagem por este planeta-escola Terra, colocando os valores morais em todos os seus sentimentos e ações, retornando ao seu campo de estágio mais evoluído do que quando aqui chegou.